VVVVVV>&&&&&%gt;gt;>>>>>>>>>>>>>>>>>"Ver e ouvir são sentidos nobres; aristocracia é nunca tocar."

&&&&&&>>>>>>>>>"A memória guardará o que valer a pena: ela nos conhece bem e não perde o que merece ser salvo."


%%%%%%%%%%%%%%"Escrevo tudo o que o meu inconsciente exala
e clama; penso depois para justificar o que foi escrito"


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"
A fotografia não é o que você vê, é o que você carrega dentro si."


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"Resolvi não exigir dos outros senão o mínimo: é uma forma de paz..."

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"Aqui ergo um faustoso monumento ao meu tédio"


&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"A inveja morde, mas não come."


terça-feira, 12 de julho de 2011

Coelia -> A bella


v



Muito bela !



"Você me amava 
disse
a margarida

A margarida 
é doce
amarga a vida"

Paulo Leminski



Coelia bella é uma uma das mais lindas espécies de orquídeas da sua categoria, não é apenas bela nas flores, é encantadora e elegante no porte vegetativo. São seus sinônimos Bifrenaria bella Lem 1852-3; Bothriochilus bellus - Lem 1856 - lê-se botrioquílus . Recentemente este último nome foi revalidado e a espécie saiu do gênero Coelia - lê-se cêlia, provavelmente por diferenças florais com C. triptera, esta ficou herdeira do nome clássico do gênero.


Os detalhes desta espécie são sempre interessantes.
 como é caso dos botões ainda fechados.


Embora as flores sejam diferentes, as plantas vegetativas das espécies deste gênero são muito parecidas, demonstrando parentesco. Portanto são aparentadas com as Bifrenarias, tendo com estas primas distantes uma única característica comparável, são todas plantas rústicas e fáceis de cultivar em condições de clima intermediárias.


 
Bothriochilus bellus - espécie nativa do México, 
Rica Honduras e Guatemala. 

Portanto é agora conhecida - de novo - como Bothriochilus bellus, a espécie produz flores em rácimos curtos com muitas brácteas protetivas, estes podem ser dispositivos anti-lesmas tendo em vista que também medra de forma semi-terrestre e necessitaria se proteger desta praga devoradora de flores de orquídeas. As flores apresentam uma simetria fortemente triangular e são inusitadas no seu colorido e forma, além de exalarem um odor peculiar. No gênero não há outra comparável embeleza, às vezes parece ter sido pintada à mão.



 
As flores surgem da base, lateralmente aos pseudobulbos novos em desenvolvimento. As fotos mostram bem a harmonia e beleza dos conjuntos formados por esta espécie. Em Curitiba floresce do fim do outono para o início do inverno. Fica muito bem acondicionada em vasos, ao contrário de tantas orquídeas exigentes em substratos lenhosos rígidos e duráveis, C. bella medra muito bem em substrato terroso mais comum, desde que seja solto, orgânico e bem drenado. Devido a este hábito semi-terrestre, litófilo ou saxícola, o cultivo é muito facilitado e deve ser o mesmo dos Cymbidiuns - exceto substrato. O substrato pode ser a já tradicional mistura miúda de carvão-casca de pinus- brita-fibra de coco, o substituto do xaxim desfibrado. Eu acrescentaria pedacinhos de espuma para aumentar o tempo de retenção da umidade - quanto mais ressequido for clima, mais espuminhas no meio do substrato. Evite vasos muito maiores que a planta, ou os muito fundos, não fazem crescer mais rápido e ainda podem reter umidade por tempo demasiado. O substrato deve secar logo !
Os pseudobulbos ovóides lembram 
os do gênero Grobya.


O porte vegetativo é marcado pelos pseudobulbos arredondados e pelas folhas lanceoladas e longas , estreitas e erguidas. As folhas são até duas vezes maiores do que nos mostram os desenhos botânicos acima dispostos.




Compõem lindos vasos , dão gosto de ver.

A planta é vigorosa , forma lindos exemplares, é fácil de cultivar e por isso lembra um pouco as Maxillarias, estas sempre comportam-se muito bem em cultivo. Parece um hipotético híbrido entre um Cymbidium e uma Maxillaria ou Grobya . C. bella alia visualmente as características vegetativas e florais destes dois gêneros com a forma dos pseudobulbos de Grobya ou Xylobium.




Uma das mais interessantes orquídeas da minha coleção, gosto muito de plantas que crescem logo e formam indivíduos fortes e floríferos. Levei anos para achar um bom exemplar desta espécie à venda, quem as têm prefere ver o plantel aumentando, é difícil vê-la no comércio.


"A tua flor não é flor
 pra qualquer jardim
Quero pra mim, pois
 eu já cansei de capim"

Rafael Rocha



Estas plantas têm um sistema radicular similar aos Zygopetaluns, apresentado-se robusto e piloso, como também em Phragmipedium. Embora primordialmente aparentada com plantas epífitas, são mais encontradas em acúmulos de solo raso e rico em matéria orgânica, ou mais raramente, como epífita. Apreciam umidade, as raízes volumosas não ficam tão expostas, demonstrando sua maior dependência da água retida no substrato em relação aos valores da umidade atmosférica , portanto não deixe o substrato seco por muito tempo.


Gratia plena !

Adube com torta de mamona, cascas de ovos muídas e húmus de minhoca, tudo junto e misturado ou individualmente em sucessivas levas de camadas fertilizantes. A adubação química deve ser aplicada junto com a orgânica, se desejar usar apenas a química direto no vaso mistures os sais com pedacinhos de papelão picado bem pequeno, se desejar passe o papelão no liquidificador e obtenha uma pasta. Assim a medida que o papelão se decompõe, vão se liberando progressivamente os nutrientes 
químicos .

O habitat meso-americano situa-se entre 500-1500 m de altitude, porém adapta-se às regiões mais baixas. Quanto mais quente e seco for o local, menor deverá ser a sua exposição ao tempo e à luz solar. Exigem sombreamento moderado ou leve, água de chuva e adubação orgânica, ou orgânica mista com química, à medida que o crescimento aumenta. Aqui em Curitiba medra muito bem, no inverno pode até recebe insolação direta. Em locais sempre quentes, onde ocorrem temperatura superiores a 28°C, recomendamos mais sombra e umidade, sem prejuízo para a ventilação eliminadora do excesso de umidade.









É rara de se ver, sinal da falta de adaptação aos climas brasileiros. O calor excessivo constante, dia e noite, impede-a, bioquimicamente, de acumular reservas, assim vai gastando mais que acumula, até definhar por completo. Correlaciono sua cultura com a dos Zygopetaluns brasileiros, seria uma comparação didática, apenas para demonstrar as demandas ambientais similares dessas espécies.




Outras espécies próximas cultivadas :




O clássico gênero Coelia tinha 5 espécie e foi sub-dividido a poucos anos atrás, a nova divisão revalidou o antigo nome Bothriochilus e este engloba atualmente quatro espécies, apenas a espécie triptera, a mais diferenciada e a primeira a ser descrita, continuou com o tradicional nome Coelia. Temos então:s Bothriochilus bellum, macrosthachyum, guatemalensis e densiflorum e a Coelia triptera. Aqui continuo usando os nomes mais populares e conhecidos tendo em vista as buscas nas internet ainda contemplarem mais estes nomes clássicos. Não poderia agir de modo diferente ! Registro a modernização dos conceitos mas acho que planta famosas não devem mudar de nome para não criar confusão de designação; o princípio da nomina conservanda.



C. triptera medra do México até a Costa Rica, também em Cuba e Jamaica - muito perfumada.

Coelia triptera.




C. macrostachya medra nas montanhas
do México até a Costa Rica.

Coelia macrostachya



Coelia guatemalensis.




C. densiflora vive em ambientes montanos muito úmidos, em meio
às florestas de coníferas , do México até a Guatemala.

Coelia densiflora


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