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%%%%%%%%%%%%%%"Escrevo tudo o que o meu inconsciente exala
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A fotografia não é o que você vê, é o que você carrega dentro si."


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sábado, 19 de junho de 2010

Paphiopedilum x Leeanum Veitch 1884



Paphiopedilum x Leeanum - ( x = híbrido) .

O x entre os nomes científicos indica que a população, ou o exemplar em questão, mostra hibridação natural. Portanto foi encontrado em algum tempo passado já  estabelecido na natureza, e foi posteriormente descrito pela Botânica ou como uma nova espécie, ou então já como um híbrido natural;  e assim diferencia-se dos outros  híbridos artificiais derivados da ação humana.

Já morando em Curitiba, no meio da década de 90, logo reparei na recorrência da observação de algumas orquídeas , as espécies eram bastante peculiares aos quintais mais antigos desta cidade - veja aqui um outro artigo sobre as espécies de orquídeas mais comuns nessa cidade : Orquídeas dos Quintais Antigos de Curitiba. Junto com essas , constatava-se também uma outra espécie terrestre, quase sempre estabelecida em vasos comuns , invariavelmente sob a forma de exemplares fortes ou grandes, quando floresciam mostravam abundância de flores do gênero Paphiopedilum.

Quintal curitibano com muitos exemplares e touceiras de Paphiopedilum insigne , P. x leeanum e Coelogyne cristata, todos satisfatoriamente cultivados ao relento, como se estivessem no habitat natural.



Estas eram as famosas orquídeas sapatinhos, as mesmas dos livros estrangeiros sobre orquídeas, surpreendentemente abundantes e comuns por aqui, antes só as tinha visto ao vivo em exposições. As expostas são normalmente plantas pequenas, híbridas, de folhas pintalgadas e com poucas flores, invariavelmente amarradas em feias estacas-suporte, porque não se manteriam em pé naturalmente. As que vislumbrava nos quintais curitibanos eram rústicas, floríferas, lindas e fáceis de cultivar !



Embora muito conhecido pelas fotos das publicações, esse gênero de orquídeas é pouco cultivado no Brasil , certamente por não ser afeito aos calores tropicais . Longe do Sul do Brasil e das altitudes serranas, são raros de se ver; quanto mais em quintais a céu aberto e em grandes exemplares. Se você reside em local ocasionalmente quente, ou permanentemente encalorado, mantenha seus Paphiopediluns aqui discutidos e considerados na sombra clara, dentro de casa ou ao abrigo, banheiros e cozinhas são refúgios mais frescos e muito indicados nestas circunstâncias. Não gostam de calor, não gostam ! O leeanum, por ser muito vigoroso poderá até se adptar, já o insigne terá maiores problemas de adaptação, poderão também florescer pouco ou não florescer pela falta da necessária dormência derivada de temperaturas menores.



Naquele tempo ainda não havia fornecimento comercial dessa espécie que temos atualmente, para se obter alguns exemplares, seria preciso alguém gentilmente os ceder, mas isso é realmente difícil por aqui se vc tem algum sotaque. Só em 2003, consegui comprar alguns exemplares em floriculturas comuns, eram produzidos em SP, logo passariam a ser vendidos até mesmo em supermercados.

A princípio pensei ser a mais comum das espécies desse gênero, o P. insigne, e em muitos casos realmente são, depois percebi que a maioria deles era um vigoroso híbrido comercial. Recentemente comprei, sem flor e sem identificação, exemplares de vegetação levemente diferente desse tipo híbrido e mais comum a que me refiro, esses floridos mostraram ser os verdadeiros P. insignes.



A planta mais comum em Curitiba, sobre a qual comentamos, é o Paphiopedilum x Leeanum, um híbrido natural himaláio ( Assam - Buthan ), entre P. insigne x P. spicerianum. Todavia é preciso ter em mente: igualmente acha-se no comércio, e também em cultivo, a espécie P. insigne. Ao aprender a distinção entre eles, a identificação torna-se fácil !


Após a floração o preço das plantas baixam muito no comércio, a parte vegetativa não é nada atrativa como folhagem, nova floração só no ano seguinte, surge então um bom momento para pechinchar. Saber distinguir entre um e outro é fundamental nessa hora! Atualmente só me interessam os insignes, por isso desenvolvi a percepção necessária para fazer a pronta distinção.


As folhas de leeanum são tipicamente acavaladas umas por cima das outras.


Este híbrido tão vigoroso foi classificado com três nomes diferentes no ano de 1884 - albertianum, corona e leeanum - prevelaceu o último nome. Não consegui descobrir se foi um cruzamento artificial ou se foi uma remessa do híbrido natural expontâneo, este já se sabia existente e era bem conhecido, poderia ter-se obtido um lote vindo do Oriente. Como o registro do nome de batismo é de Veitch, o primeiro hibridador de orquídeas, imagino ter sido um lote de sementeira chegando à maturidade.


Em amarelo a distribuição de P. insigne em Assam. O mapa mostra a sua defrontação com a ocorrência parcial de P. spicerianum, está em azul. A distribuição do último é bem maior, englobando também parte da fronteira com a China e parte de Myamar, mostramos no mapa apenas a interface de populações , onde surgiu o híbrido natural, aqui em questão .

Acima a planta mãe: Paphiopedilum insigne - , reparem as folhas algo diferentes, mais alinhadas e acomodadas entre si. Também notável a sépala dorsal quase totalmente esverdeada e com vários pontos circulares de pigmentação contrastante. Todavia há considerável variação entre os indivíduos dessa espécie, como se vê em ilustração botânica mais abaixo.

Acima o doador do pólen: Paphiopedilum spicerianum -, a planta é visivelmente diferente da anterior, bem menor em porte e com as folhas mais desalinhadas, largas e mais curtas; além da característica sépala dorsal em forma de platibanda ou marquise, esta marcante característica foi herdada pelo híbrido-filho.

Esse híbrido lança folhas em todas as direções é fecha o vaso, clara herança genética do spicerianum.

Leeanum é uma agradável e equilibrada mistura das espécies progenitoras, porém lembra mais o P. insigne na sua forma geral. Se florido, num relance, é facilmente diferenciado desse último progenitor pela sépala dorsal em forma de platibanda, pelo traço vertical púrpura ( este separa essa sépala ao meio ) e pela base verde desse mesmo segmento floral - estes são todos caracteres originais de P. spicerianum. Veja mais abaixo as dicas, para uma perfeita distinção entre eles.

Na sequência de fotos abaixo, vê-se o P. insigne (um raro semi-albino) num habitat natural. Há muita luz, circulação de ar, umidade e um pouco de meia-sombra ocasional em seu ambiente natural.

Ambas as espécies progenitoras vivem no mesmo tipo de habitat : barrancos de rocha calcária, com acúmulo de material orgânico e solo; são saxícolas. São encontradas com maior frequência em altitudes de 1.200- 1.800m, nos contrafortes do Himalaia. Necessitam de temperaturas moderadas no verão ( menos de 30°C ) e algum frio no inverno ( 10-15°C ) , para então se desenvolverem e florescerem bem.

A chuva escorrendo pelos barrancos calcários, carreia sais mineirais, as três plantas aqui comentadas, aceitam bem a calagem leve. A aplicação de casca de ovos pulverizadas, mostra-se bem recebida por todos os pahiopediluns do grupo de espécies próximas do aqui considerado. Medrando originalmente nesse ambiente calcítico, esse tipo de Paphiopedilum resiste bem à salinização progressiva do substrato. O uso exclusivo de água tratada inflige, normalmente, essa mesma salinização nas plantas de interiores que nunca recebem uma rega ocasional água da chuva . Essa é uma das mais resistente orquídeas nesse quesito, mesmo plantas de interiores antigas, em substrato já parcialmente esbranquiçados de sais, continuam florescendo.

Sua dinâmica de fertilização natural alterna os restos ácidos de decomposição biológica com as cargas d'água levemente alcalina; além de periodicamente receber as copiosas chuvas monçônicas, lavando assim o substrato de todos os excessos e acúmulos químicos.



As espécies progenitoras:




A) Paphiopedilum spicerianum:



Raramente visto em cultivo no Brasil, nunca o vi à venda !



O traço colorido vertical é característico da espécie e dominante em cruzamentos.

O porte floral de spicerianum é bem
menor que o de leeanum.


Planta elegante esse tal de P. spicerianum ! Reparem, é de crescimento ainda mais modesto que em P. insigne e as flores são poucas e de porte bem menor, o porte maior de x leeanum é herdado exclusivamente de P. insigne.



A folhagem desalinhada e bem característica foi herdada
 parcialmente por  leeanum.



A espécie nos surpreende quando vista ao vivo por 
ser uma planta de pequeno porte.



A flor mede, da ponta de uma pétala à outra, cerca 7cm,
 é 1/3 do tamanho de leeanum.







b) Paphiopedilum insigne:


A rusticidade e o bom porte da planta-mãe, o Paphiopedilum insigne, foi herdado por leeanum. Insigne tem uma flor maior e mais elegante que leeanum, a planta vegetativa é elegante e forma belos vasos . Mas leeanum cresce e floresce muito mais , sua fartura de flores compensa o porte um pouco menor.




Podem variar nas cores, no tamanho e no número de manchas ocelares; mas não
 variam os traços gerais da forma da flor e nem a distribuição espacial do seu colorido.




Acima o padrão comum da espécie





Acima a famosa forma semi-albina, classicamente chamada de "Sanderiana".


Este exemplar imediatamente acima é um insigne tetraplóide ( tem a carga genética normal duplicada por acidente de divisão celular) e é realmente muito maior, a flor tem um palmo de altura, também o porte vegetativo acompanha a duplicação das medidas.





As flores de insigne são maiores e muito mais atrativas que as de leeanum.





Dicas para a distinção visual
 entre insigne e leeanum :


a) Plantas sem flores abertas:



Insigne diferencia-se facilmente de leeanum, até mesmo sem flor, em insigne a vegetação é bem alinhada,com folhas em quase perfeita geometria. Já em leeanum a planta é mais compacta e densa, lançando folhas para todo lado. Também os botões florais ainda fechados são diferentes, em insigne são mais alongados, mais claros e em menor número - veja as fotos:






Acima uma planta de P. insigne bem alinhada e
com um alongados botão floral ainda fechado.


A parte vegetativa de Leeanum é densa e desalinhada,
cresce muito mais rápido.

É muito comum ocorrer o surgimento de uma pequena flôr "gêmea" na mesma haste floral. O quadro apresenta-se com uma flor maior e perfeita, e outra menor que geralmente não abre ou abre-se parcialmente. É uma das características ( defeito talvez ) de alguns clones vigorosos demais de leeanum, só ocorre em plantas muito fortes e vigorosas. Caso este fenomêno ocorra com seu exemplar, retire manualmente a florzinha gêmea, esta raramente mostra-se harmônica ou equânime com sua irmã perfeita, quase sempre aparenta ser apenas excessiva e defeituosa.

Planta de P. x leeanum com botões florais ainda fechados. A bráctea protetora é bem pigmentada e o botão é curto em relação ao de P. insigne.




A planta de insigne é menor e de crescimento bem menos vigoroso,
leeanum por ser híbrido, cresce o dobro e floresce o triplo.


Aspecto vegetativo típico do P. x leeanum.


Facilmente identificável!






Variação floral possível em Paphiopedillum x Leeanun.
Do lado direito, no retângulo branco, as duas espécies progenitoras.



Acima um indivíduo da variedade verde- amarelada muito
distinto e elegante, esta parece ser a variedade  mais preciosa.



Leeanum cresce com vigor sem igual para o gênero.

Sobre o ocasional aparecimento de uma segunda flor em hastes de P. x leeanum:

Este evidente defeito deve ser causado pelo forte vigor vegetativo deste híbrido e pela fartura de adubação, somados às boas condições físicas de cultivo. A inesperada aparição é muito comum em alguns clones deste híbrido, todavia uns anos ocorre e em outros não, mostrando assim ser determinada por fatores ambientais somados a uma predisposição genética. Recomento extirpar logo a tal florzinha gêmea defeituosa , esta não costumar abrir direito e nem somar harmonia ou beleza ao conjunto.


b) Plantas floridas:


Floridos são distintos ainda mais facilmente pela grande sépala dorsal, esta é plana em insigne; já em leeanum observa-se nessa sépala a platibanda formando um "topo", além da sépala ser retorcida para trás.



Sépala dorsal em insigne tem coloração diferente, é maior e mais plana, as pétalas também são mais estendidas. O botão floral é maior e mais alongado e bem menos pigmentado




Acima a sepála dorsal de leeanum: levemente mais arqueada para trás.



P. x leeanum apresenta sempre a marcante nervura central da pétala dorsal bem pigmentada, mas a coloração geral pode variar, como se vê no exemplar da primeira foto da postagem.

P. insigne: a sépala dorsal é proporcionalmente maior, apresenta a mancha verde mais expandida, passa da metade da sépala. Com ocelos maiores e sem a nervura central pigmentada ou bem delineada. Tenha em mente que plantas originárias de sementes normalmente variam em colorido. Já as plantas que crescem muito e por isso são propagadas por mudas,  muitas vezes, em milhares de vasos diferentes, vegeta o mesmo indivíduo - ou clone - igualmente milhares de vezes dividido.


Na comparação se vê as sepálas dorsais diferentes .


Leeanum à esquerda e insigne à direita.




Traço marcante na sépala dorsal.





A flor de insigne é levemente maior e com a mancha verde passando da metade da sépala dorsal. Em Leeanum, o tamanho da mancha verde na sépala dorsal varia conforme o indivíduo, geralmente não passa da metade da sépala, porém sempre
está mais ou menos presente o traço colorido na nervura central, característica herdada de spicerianum.






Cultura do Paphiopedilum x leeanum:


Em caso de propagação, o Paph. x Leeanum pode e deve ser dividido
 logo após a floração, sempre com o menor distúrbio possível em suas raízes.


Mudas de mínimos 3 segmentos vegetativos sobrevivem com maior frequência. Não gosta de locais com ventos fortes permanentes ( quebram e até seccionam as folhas ) e nem de insolação forte e demorada na primavera-verão, o sol fraco do inverno curitibano não o agride. A planta aprecia ser nebulizada com água da chuva, aceita bem a adubação química foliar diluída e constante, não deve passar por estiagens prolongadas. Grandes vasos de plástico bem drenados , com terra vegetal de boa qualidade, tornam-se boas forma de acondicionamento para esse híbrido. Quanto mais raízes, mais crescimento e flores, a insolação direta curta - 2 hs - é muito indicada.

Planta de leeanum é vegetativamente desordenada, lança folhas para todo lado !

Vão muito bem em interiores bem iluminados, mas vão melhor ainda se ficarem ao tempo em locais com meia sombra. Vasos de plástico grandes , terra vegetal aerada com 20% de espuma picadinha, calcário ocasional ( cascas de ovos pulverizadas servem) e adubação orgânica, mais uma dieta mineral rica em Fósforo, são o pool de insumos mais necessários.

Pode-se usar a água da rede na rega, mas se puder por o vaso na chuva ou a chuva no vaso; faça-o! Vai muito bem dentro de casa e aceitam a água com substâncias químicas da torneira sem maiores problemas, mas a água pura da chuva é muito mais apreciada .Quando se propaga e mexe-se nas raízes, a floração seguinte diminuí e perde vigor: é normal. As reservas de energia estão no sistema radicular, esse deve estar bem desenvolvido para ser um coadjuvante ativo no bom desenvolvimento da parte aérea.

Para se ter retorno de bom desenvolvimento, é preciso caprichar no tamanho do vaso e no substrato !


Em Leeanum a coloração varia conforme o indivíduo, mas a presença da nervura central da sépala dorsal pigmentada, ou às vezes só levemente evidenciada indica, claramente o cruzamento com o P. spicerianum.





Acima o exemplar que presenteei a um amigo querido, cultivado em varanda
 de apartamento mostrou-se florido já no ano seguinte.



As flores surgem normalmente no meio ou no fim inverno, às vezes, devido à temperatura, antecipam e surgem na parte final do outono, mas dependendo ainda do clima, podem surgir no início do outono. A floração é regulada pela diferença de temperatura - choque térmico entre estações - aliada à duração do dia, as flores podem durar até 2 meses na planta ! São flores cheias de detalhes e cativam com sua beleza discreta! Ficam melhor dispostas se tutoradas com tutores/espetos de madeira, deixe as flores secarem na planta antes de cortá-las, deixo até cairem, a planta reabsorve os nutrientes das flores. Por hábito, só muito depois corto as hastes florais já secas.



Acima os meus Leeanuns recém divididos e replantados, são os mesmos vasos que aparecem mais acima cheios de botões anos depois. Pela comparação como balde azul ao lado, podemos projetar o tamanhos dos vasos e a importância das raízes para o desenvolvimento e floração dos indivíduos.



Nesse momento, após a floração e em descanso , já na primavera, e talvez divididos e replantados,faço uma adubação leve , mas continuada, com adubos químicos ricos em fósforo ( NPK 04-14-08 ) ; depois passo para a adubação orgânica no verão. As plantas crescem muito bem nos meses mais quentes, e é fácil formar uma boa touceira em três anos de cultivo. Procuro sempre aumentar o tamanho do vaso, só divido a planta quando não é mais possível mantê-la daquele tamanho.





A propagação de Paphiopediluns é dificultada
pela dormência das sementes.


A espera e o trabalho são recompensados
com grande elegância.


Paphiopedilum Maudie é um atrativo e elegante híbrido
 artificial entre P. callosum x P. lawrenceanum
 trata-se também de planta mais fácil de 
cultivar em condições médias, menos 
florífera e exuberante, porém mais
elegante e sofisticada.


 
 
Não há grandes lotes de propagação neste gênero,
P. Maudiae.vegeta bem em Curitiba.

Esse gênero de orquídeas terrestres é especialmente difícil de ser propagado por sementeira em condições artificiais. Por isso a maior parte dos híbridos e espécies são dispendiosos para a aquisição e relativamente raros em cultivo. Seu pólen não pode ser armazenado por meses como ocorre em Cattleyas e outros gêneros, devem ser utilizado logo, isto dificulta a obtenção de híbridos entre espécies de floração em épocas distintas.




Acima o pintalgado P. niveum na natureza, mostrando que as espécies deste gênero apreciam substrato rico em matéria orgânica, úmido porém bem aerado ( fofo ), para poder drenar rápido e secar logo.


Paphiopediluns epífitos na Indochina, nos dão uma aula de
como as orquídeas terrestres conseguiram evoluir para epífitas.

Caracteristicamente produzem poucas sementes férteis por fruto, ou como mais recentemente se constatou, trata-se na verdade de dormência muito acentuada na maioria delas, algo raro em outros grupos de orquídeas onde há fartura de sementes de imediata germinação após a semeadura em meio adequado. As sementes de Paphiopediluns germinam no escuro e após um variável período de dormência, entre três semanas a 17 meses. Se comparado com esse quadro, o P. leeanum, com seu crescimento farto e abundante, é uma exceção, podendo ser reproduzido facilmente por divisão touceiras. Não é por outro motivo ser esta a mais cultivada planta desse grupo!

Em alguns clones de leeanum a platibanda arcada na sépala dorsal é bem marcada.



Essa gentil criatura cresce logo e vira touceira, de nada reclama e a qualquer cuidado, agradece com lindas flores. Uma ótima planta, uma boa opção para presente, porque entusiasma com a facilidade do cultivo.


Esse híbrido é muito indicado para iniciantes, a planta é muito
 resistente e é difícil matá-la, sobrevive a quase tudo - é só alegria !




Cultivar orquídeas e ter parceria com Deus !





9 comentários:

  1. Osvaldo. Ourinhos-SP12 de julho de 2010 às 17:22

    Gostei muito das fotos!!! são boas pra caramba....Seu texto é muito bacana,não é massante como as chatices de botânica e botânicos. Torço pra que continue produzindo assim, um texto fácil e interessante de ler......

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  2. Excelente a explicação para distinção de P Leeanum e P insigne! Parabéns

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  3. Seu blog é muito bom! Eu sou paisagista e meu marido é agronomo, e gostamos muito do conteúdo.

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  4. Qual seria um bom substrato para o P.insigne e o P.spicerianum?Tentei uma formula indicada mas não deu muito certo.
    José Carlos

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  5. Esses Paphios tererestres gostam de grandes vasos com terra vegetal ( 75%) e afofante ( 25%). Pode se usar: como afofofantes carvão moido, serragem, casca de pinus, cacos de barro bem pequenos, isopor, folhas trituradas etc etc etc. Não gostam de ser mexidos, suas reservas estão nas raízes, use vasos bem grandes! Abçs

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  6. São plantas de altitude e de climas amenos, aqui em Curitiba vão bem por isto. Em lugares quentes morrem devido ao clima, independente do substrato, devem então se cultivados em banheiros ou outros lugares frios e úmidos.

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  7. Amei ...pra plantar no xaxim é só colocar direto ou precisa por terra junto?

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  8. Gosta de terra bem preta, rica em matéria orgânica, porém afofada, para que fique aerada e nunca haja acúmulo excessivo de umidade, pode misturar na terra 25% do volume em bolinhas de isopor, carvão ou tijolo bem quebradinhos com martelo( para quebrar sem fazer sujeira bata com o martelo com o material dentro de um saco ). Ponha umas pedras ou espuma no fundo do vaso para nunca entupir os buracos de drenagem, água demais mata por apodrecimento. Lembre-se que é planta de barranco sombreado, onde nunca há excesso de água, evite pratinhos embaixo do vaso.

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  9. Este BLOG é muito bom, bem informativo, muito bem ilustrado. É muito agradável passar momentos de leitura e informação por aqui. Parabéns !

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