VVVVVV>&&&&&%gt;gt;>>>>>>>>>>>>>>>>>"Ver e ouvir são sentidos nobres; aristocracia é nunca tocar."

&&&&&&>>>>>>>>>"A memória guardará o que valer a pena: ela nos conhece bem e não perde o que merece ser salvo."


%%%%%%%%%%%%%%"Escrevo tudo o que o meu inconsciente exala
e clama; penso depois para justificar o que foi escrito"


&&&&&&&&&&&&&&;>>gt;>>>>>>>
"
A fotografia não é o que você vê, é o que você carrega dentro si."


&
;>&&&&&>>>>>>>>>>>>>>>>&gt
"Resolvi não exigir dos outros senão o mínimo: é uma forma de paz..."

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"Aqui ergo um faustoso monumento ao meu tédio"


&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"A inveja morde, mas não come."


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

As Ararinhas do Qatar & Cia - parte I



Ararinhas irmãs, nascidas em
 cativeiro na Alemanha.





Uma obra de arte autêntica, assim como
 uma obra da natureza, permanece 
sempre infinita para o nosso 
entendimento...."

 Goethe

 


Click e veja As Araras Coloridas - parte I

Click e veja As Araras Coloridas - parte II




Ryan Watson* técnico da AWWP - principal responsável pelo desafio de salvar
a ararinha nordestina, lança uma percepção  histórica sobre a ave
traficada até a extinção no Brasil.

Este sincero afeto, esta relação tão singular, estará
para sempre na história do esforço humano
em não perder nenhuma das perfeições
que a Criação nos deixou
ver e vislumbrar.

Vergonha para a grande nação que
não consegue resguardar
sua própria riqueza
natural.



*Coordenador de ações para as Araras Azuis da Al Wabra Wildlife Preservation. Gerente dos prgramas privados de reprodução em cativeiro da Ararinha de Spix - Cyanopsitta spixii ; Arara de Lear - Anodorhynchus lear; Arara Azul Grande- Anodorhynchus hyacinthinus; de Sua Excelência o Sheikh Saoud Bin Mohd. Bin Ali Al-Thani, proprietário e fundador da Al Wabra Wildlife Preservation, Doha, Qatar. 




O DNA E O FUTURO:

" Um dos obstáculos para ressuscitar espécies extintas como  A. glaucus, é que células intactas destes animais deixaram de existir, o que significa que não existe núcleo celular perfeito e disponível para transferência durante a clonagem. Apesar disso, sequências de genomas de outras espécies extintas como os mamutes lanosos e os homens-neandertais já foram substancialmente reconstruídas. 
 

Para a possível clonagem de A. glaucus, material genético extraído de animais taxidermizados, seriam introduzidos em células troncos da espécie próxima A. learii, células troncos são aquelas que ainda não têm função específica, e, assim, seria então criado um embrião da ave extinta, a ser implantado e gerado num ovo de A. learii. A mesma técnica poderia ser utilizada no caso dos mamutes, cuja experiência seria realizada com seus primos próximos os elefantes. Segundo o demonstrativo  teórico desta técnica, o genoma de um elefante seria quebrado em 30.000 partes, cada uma com 100.000 unidades de comprimento de DNA. Então, usando uma sequência de genoma reconstruída de mamute como modelo, seriam introduzidas seletivamente as mudanças moleculares necessárias para fazer o genoma do elefante parecer com o do mamute. Todos os pedaços modificados iriam se reagrupar para formar o reconstituído  genoma de mamute. 

 

Portanto, através de estudos nos restos de DNA das peles e penas dos restos animais conservados em museus, a tecnologia genética do futuro poderá , de fato, trazer algumas espécies extintas de volta à vida. Após resintetizar o DNA original, será possível implantar este material genético obtido óvulos não fecundados de espécies próximas, talvez, assim, obtenhamos indivíduos similares aos das espécies desaparecidas. Os ovos da arara baiana A. learii receberão DNA reconstituído, podendo gerar e trazer à luz alguns filhotes-clones dos exemplares empalhados e das peles secas da extinta A. glaucus"




Da Revista Veja:

"Parece roteiro de ficção científica, mas muitos cientistas já afirmam que em alguns anos os zoológicos receberão moradores inusitados, como o mamute-lanoso (Mammuthus primigenius) ou o tigre-de-dente-de-sabre (Smilodon). Previsões otimistas como esta são possíveis graças ao avanço da ciência, principalmente no campo da genética, que torna cada vez mais próxima da realidade a ideia de trazer de volta à vida animais de espécies que foram extintas. 





De certa forma, o homem já conseguiu reverter a extinção pelo menos uma vez. Em 2003, uma equipe de cientistas espanhóis e franceses trouxe à vida uma espécie de cabra selvagem que estava extinta desde o ano 2000, o burcado, ou íbex-dos-pireneus (Capra pyrenaica pyrenaica). Porém o clone, batizado de Celia, nome da última íbex-dos-pireneus, de quem foram retiradas as células para a clonagem, morreu dez minutos após seu nascimento, devido a uma má-formação dos pulmões.




 A clonagem é, dentre as técnicas que podem ser utilizadas para a "desextinção" (neologismo que vem do inglês "deextinction"), a única que possibilita que o animal gerado tenha exatamente o mesmo genoma de um membro da espécie extinta. Porém, para que a clonagem possa ser realizada, é preciso que uma célula viva, ou ao menos um núcleo celular intacto do animal tenha sido conservado, o que só é possível em extinções mais recentes.




Há, no entanto, duas outras abordagens promissoras. Uma delas se baseia no fato de que, mesmo depois de extintos, alguns animais têm partes de seu material genético preservadas em indivíduos de espécies semelhantes. O cruzamento dessas espécies pode gerar a recombinação do material genético até que o animal extinto seja "reconstruído", ou algo próximo a ele. 




Ótimo artigo em inglês sobre tentativas  de clonagem de animais extintos

O consultor ambiental Ronald Goderie e arqueólogo Henri Kerkdijk utilizam esta técnica, conhecida como seleção retroativa (em inglês, back-breeding), em um projeto que visa trazer de volta os auroques (Bos primigenius), espécie de bovino de grande porte, extinto no século 17. Eles preferiram nomear o animal que estão desenvolvendo desde 2008 como Tauros, um substituto moderno do auroque, uma vez que ainda não se sabe exatamente o quão parecido geneticamente esse animal poderá ser em relação ao parente extinto. 




Outra técnica é a engenharia genética, que permite tentar trazer de volta animais que foram extintos há mais tempo. Ela requer apenas que o genoma do animal tenha sido sequenciado, e que ele possua um "parente próximo". Assim, os pesquisadores podem inserir trechos do material genético do animal extinto que correspondem às suas características específicas no genoma de um animal próximo a ele, a fim de obter novamente a espécie desaparecida. 


É o que diversos pesquisadores estão tentando fazer com o pombo-viajante (Ectopistes migratorius), espécie nativa da América do Norte que tem peito avermelhado e cauda mais longa do que os pombos comuns. Essas aves viviam em bandos tão numerosos que, em época de migração, chegavam a encobrir a luz do sol durante seus voos. A caça indiscriminada fez com que esse animal tão abundante fosse extinto. Em 1900, o último animal em estado selvagem foi morto e, em 1914, o último exemplar que vivia em cativeiro, a fêmea Martha, morreu no zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos.




 Mesmo com tantos métodos diferentes, alguns feitos ainda estão fora de cogitação. Os dinossauros, por exemplo, devem continuar restritos às telas de cinema: extintos há cerca de 65 milhões de anos, o processo de deterioração natural de seus restos fossilizados impossibilita a recuperação de material genético desses animais. Já o mamute-lanoso, extinto há cerca de 10.000 anos, pode voltar a caminhar sobre a Terra. Os restos do animal, encontrados com frequência no solo congelado do Ártico, onde ele habitava, permitiram que os cientistas sequenciassem seu genoma. Essa informação, bem como a existência do elefante, considerado um parente próximo o bastante para que os mamutes possam ser gerados por fêmeas de elefantes, torna possível, ao menos teoricamente, trazer de volta esses animais."


A beleza do azul , a raridade histórica, o porte alongado e elegante, foram as razões
 da tragédia da população silvestre, e paradoxalmente também a causa do
 grande esforço de preservação em cativeiro.


"A criação em cativeiro e a hibridação comercial, além da pesquisa e fornecimento de dietas e alojamentos específicos, promoverão uma oferta viável de aves raras aos colecionadores; diminuindo assim a captura de indivíduos na natureza. Este é o melhor caminho para a preservação de espécies raras, foi assim com as orquídeas e será também com as araras"




"Com a extinção, chega 
a longa noite de se 
contar os anos "




Os exemplares juvenis são algo diferentes dos adultos na sua plumagem mais cinza, a máscara mais escura no entorno dos olhos e o azul das penas, surgem com a maturidade.



A paixão pela natureza do Sheikh Saoud Bin Mohammed Bin Ali Al Thani, primo do emir e membro da família real do Qatar, também ministro do Meio Ambiente e da Cultura desse país, criaram condições materiais e técnicas para que se viabilizasse um programa de criação em cativeiro da já então raríssima Ararinha-Azul de Spix - Cyanopsitta spixii. O programa funciona com muito sucesso desde 2004. Das 76 ararinhas conhecidas em cativeiro no último censo, 55 estão no Qatar. O Sheik Saoud Al Thani adquiriu vários exemplares de ararinhas-azuis mantidos em coleções particulares pelo mundo, e assim formou o maior grupo jamais reunido, viabilizando o sério programa de reprodução na AWWP.



O Sheikh das Ararinhas faleceu recentemente em 2014
 e será lembrado com este epíteto singular.


Posteriormente essa graciosa ave brasileira extinguiu-se na natureza, o IBAMA não conseguiu evitar o seu total declínio, tampouco conseguiu criá-las sistematicamente em zoológicos daqui. O último exemplar localizado na natureza em 1994 foi espetacularmente monitorado até via TV, super exposto à mídia, em 2000 prosaicamente desapareceu sem deixar pistas, sendo este o ano oficial da extinção da espécie na natureza.



Criatura amorosas.




A história de "Severino", a última Ararinha-Azul
observada na natureza.


Seriedade ambiental movida a petrodólares.




As Ararinhas no Qatar - Al Wabra Wildlife Preservation.


Como muitas outras espécies de araras, as ararinhas-azuis são ótimas imitadoras de sons e palavras, são muito ágeis e alegres, barulhentas mesmo, e raramente voam mais do que alguns metros, sem gritar o seu característico som"kra-ark" - veja o vídeo acima. Embora tenhamos as restrições derivadas da extrema raridade, raramente foram observadas em grupos maiores do que dois ou três, suspeita-se, que num passado de maior população, tenham viajado em bandos de até quinze aves, tornando este tipo de comunicação oral constante uma necessidade absoluta. Outras formas de expressão e comunicação são o mimetismo de atitudes e a alimentação recíproca.



A procriação da ararinha-azul é realmente demorada e capciosa, faz-se necessária a utilização de compostos bioquímicos para estimular o namoro e o intercurso dos casais em cativeiro. Na natureza os vôos, as estrepolias e a corte nupcial criam uma excitação hormonal no casal de psittacídeos que no cativeiro raramente acontece. Os ovos são chocados artificialmente, além dos filhotes necessitarem ser cuidadosamente criados à mão, evitando assim a perda de preciosos esforços e de tempo dentro de uma população já residual.




A esperança nos filhotes de Ararinha-Azul
nascidos no Qatar.
Embora a reprodução em cativeiro pareça ser a única estratégia que poderá salvar a Cyanopsitta spixii da extinção, a dispersão dos pássaros sobreviventes e criados em cativeiro privado ( não - governamental ) , por colecionadores-proprietários, espalhado por vários países diferentes, configurava-se como o maior impedimento para a reprodução artificial coordenada. Nos anos 90, os pass´sros em mãos de colecionadores era mais de 75% da população, uns poucos já haviam dominado a tecnologia e as informações ecológicas necessárias para desencadear o ciclo de reprodução em activeiro. 
 

Foi neste ponto que a bem montada estrutura da AWWP, e a fortuna pessoal do princípe qatari, proporcionaram a aquisição destes exemplares, e a posterior criação de um programa viável de reprodução em escala. Um milagre ! Um milagre ! Nascido da decisão do sheikh de despender recursos para adquirir as aves de seu egoísticos proprietários, e então reunir a maior população possível de ararinhas na AWWP . Os recursos financeiros desmancharam o curso negativo de se manter esses últimos e raríssimos exemplares como tesouros de exibição





A história da animação "RIO" é baseada na ararinha-azul "Presley", vivendo cativa nos EUA o animal desaprendeu a voar, voltou ao Brasil para uma tentativa de acasalamento.




Trailer da premiada animação RIO, baseada
na história da ararinha "Presley".




No Qatar não faltaram recursos para preservação da natureza brasileira!


A maior população cativa desta espécie está atualmente reunida nas competentes mãos deste príncipe árabe, devem existir pouco menos de cem animais no mundo, desses cerca de 60% sob proteção do sheikh. A esperança de futuro para essas aves azuis abandonou o sertão da fronteira da Bahia com Pernambuco, habitat natural, passando a residir nas areias do deserto qatari. Dedicados e competentes, os qataris já adquiriram áreas de habitat natural baiano, cerca de 2.200 ha, preservando-as e implantando uma flora alimentícia específica, esquematizando assim a re-introdução da espécie. Enquanto isso o IBAMA faz lindo cartazes sobre araras e papagaios em extinção e assiste as anuais fogueiras juninas consumindo os parques nacionais brasileiros.





O nascimento de Yara- Spixii baby - na
Loro Parque Foundation - Islas Canarias.



O mais raro de todos os psittacídeos esta sendo criado em cativeiro
no Qatar, Alemanha e Espanha.


Imagina-se que as ararinhas-azuis, num passado indeterminado, poderiam, devido a existência de habitat, estar distribuída em pequenas áreas semi-áridas de seção noroeste da Caatinga nordestina. Este território se espalharia pelo sul do Piauí, extremo sul do Maranhão , nordeste do Tocantins e no noroeste baiano. Tendo em vista a magnitude o habitat original, alguns especialistas ainda acreditam que possam existir populações desconhecidas, já aconteceu várias vezes com inúmeras outras espécies, estas descobertas de populações isoladas em locais hiper remotos. Alguns especialistas relutam em acatar o status de animal extinto na natureza, enquanto não for feita uma pesquisa mais abrangente. No entanto, a espécie já está extinta na natureza, ao menos, nos locais atualmente reconhecidos como seu habitat natural. Antes do programa de reprodução da AWWP, e da iniciativa do Sheikh de adquirir a maior parte dos exemplares cativos, a população viva e disponível para reprodução estava bem dispersa. A distribuíção era a a seguinte: Walsrode Birdpark (Alemanha) - 4 aves; Loro Parque, Tenerife (Espanha) - 2 aves; Nápoles Zoo (Itália) - uma ave; São Paulo Zoo (Brasil) - 3 ave, cativeiro particular (Filipinas) - 4 aves, cativeiro particular (Suíça) - 18 aves, cativeiro particular (Qatar) - 4 aves; cativeiro particular (Brasil) - 20 aves; e outros exemplares obscuros em coleções particulares nos Estados Unidos, Japão, Portugal e Iugoslávia. (Collar, et al, 1992;. Zimbro e Yamashita, 1991; Loro Parque Fundacion, 1996; Ridgely, 1980)





A plumagem das ararinhas adultas é preponderantemente azul acinzentada, com um leve tom esverdeado no peito e no abdômen. O lado superior do dorso e da cauda são de um azul profundo, as peles nuas das bochechas são cinza escuro, as laterais da cabeça e a fronte são cinza-azulada claro. A parte inferior da cauda e das asas são cinza escuro. Seu bico é negro, menor e menos curvo do que o de parentes próximos. Suas íris são amareladas, e os pés são cinza. Os sexos são iguais e indistintos pelo porte ou cor. Pesam cerca 360 g, e têm em média até 55 cm de comprimento. Suas envergaduras é de 1,2 m e suas taxas metabólicas basais são 1.245 cm ^ 3 de oxigênio / hora. Juvenis e imaturos têm uma cauda mais curta do que os adultos, a mandíbula superior é apresenta os lados enegrecidos, as íris marrons dão aos olhos um tom de mel.



Araras Spix são monogâmicas e tornam-se um casal para toda a vida. Suspeita-se que quando as araras foram mais abundantes, os machos competiram pelas fêmeas e pelos pontos de nidificação. No entanto, devido a raridade, foi quase impossível se observar o comportamento silvestre.Na natureza, as Araras Spix entram em período de reprodução entre novembro e março. A postura é normalmente de dois a três ovos, colocados nas cavidades de troncos mortos de árvores caraibeira. Os ninhos são geralmente os mesmos, sendo reutilizados por vários anos, isso as tornou especialmente suscetíveis à caça ilegal, uma vez que os caçadores puderam tomar nota do local do ninho e retornar cada época de reprodução. Porque eles têm papos extremamente pequenos, araras bebê Spix exigem alimentação mais freqüente do que outras araras jovens. Durante a estação de reprodução, é essencial que o ararinhas fiquem tranquilas e desetressadas, uma vez que seus movimentos descuidados e intempestivos podem prejudicar ou destruir os seus ovos.





Após 26 dias de choco, nascem os fihotes, cegos e indefesos, como os filhotes tem papos muito menores do que outras araras de tamanho semelhante, isso faz os pais alimentarem seus filhotes com muito mais frequência. Os filhotes já estão completamente emplumados e capazes de voar aos 2 meses, mas depois de terem deixado ninho, os jovens ainda são alimentado pelos pais por até 3 meses. Além de alimentos, os pais fornecem proteção, tornam-se muito agressivos durante a época de reprodução. Se surgir algum predador, os pais deitam-se de lado no chão, fingindo estarem feridos e inacpacitados para voar, para chamar a atenção do predador longe do ninho.



Ararinhas do Qatar e da Loro Parque.





A reprodução em cativeiro já foi conseguida por diversas vezes. Longe da natureza este processo não apresenta a exibição de corte no namoro. Em vez disso, a reprodução é sinalizada pela prática da alimentação mútua, longos períodos de procura por cópula (geralmente de 5 a 10 minutos) e agressividade crescente para com a presença dos tratadores. A postura é de 2 a 4 ovos (o mesmo que na natureza) , postos em intervalos de dois dias, nem todos os ovos mostram-se férteis. A incubação dura 26 dias, os filhotes emplumam em 2 meses e são independentes em 5 meses, juvenis atingem a maturidade sexual aos 7 anos.




Em cativeiro, ararinhas são normalmente alimentadas com variedade de frutas, sementes e nozes, além de vitamínicos e suplementos minerais, substituindo o consumo silvestre de castanhas pequenas, de casca de árvore e de carne cactus, suprimentos não disponíveis em cativeiro. A fim de cativar as aves, tornando-as mais carinhosas e confiantes, são especialmente alimentadas com mingau de aveia, ovo, e pequenas quantidades de carne pré-cozida.


Das aves capturadas na natureza brasileira, subsistem vivos apenas três indivíduos, o famoso e já senil Presley, Lampião - acima à dir. na Loro Parque, com sua companheira Maria Bonita - e uma outra ararinha no Qatar. Todas os outros exemplares vivos, nasceram em cativeiro e foram criados à mão pelos técnicos. Tomará que o último que exista solto tenha sido capturado, estar morto seria pior hipótese. Hipoteco todo o meu respeito pelo trabalho e determinação da Al Wabra Wildlife Preservation na proteção de espécies animais raras, vejam o link do site ao lado e o vídeo abaixo, sediada no Qatar, é uma das mais importantes instituições deste tipo no mundo. São várias as espécies ameaçadas com programas próprios de conservação neste emirato. Provavelmente em função do clima semi-árido quente e a umidade do ar baixa, dão prioridade às espécies nativas de clima semelhante, como C. spixii e A. learii das caatingas do Nordeste brasileiro e animais raros dos desertos africanos e arábicos como os antílopes órix e adax.



Visita à AWWP.

Vitor Fasano, ator famoso e apaixonado ambientalista, em visita à AWWP no Qatar, ele também mantém um respeitado criatório de animais silvestres no interior de SP. Em seu rosto se percebe: os filhotes de ararinhas árabes são uma alegria para todos que amam a natureza!

“Cuidado por onde andas, pois é
 sobre meus sonhos que caminhas
 Drummond

A AWWP é uma instituição privada, de propriedade do príncipe qatari, não tem conexões como governo local, é mantida com os recursos pessoais deste membro da família real.

Para ser justo, há inúmeras organizações e colaboradores privados dedicados a salvar o pássaro. Milhões de dólares são colocadas em uso a cada ano para manter a existência da bela ararinha brasileira, por enquanto, os esforços têm sido bem sucedidos, mas apenas em cativeiro. Para dar continuidade ao processo de salvamento, e uma possível reintrodução no habitat natural, os recursos particulares são, de novo, a única esperança. 



 Sua excelência o príncipe qatari, está adquirindo fazendas nas áreas onde localizaram-se os últimos exemplares, em Curaçá, na Bahia. Já estão em cursos ações de reflorestamento com as plantas básicas para alimentação e nidificação desta bela ave. O IBAMA assiste estupefato e paralisado, a situação ser bem encaminhada tecnicamente, pela inteligencia ambiental que vem das areias árabes. Uma sorte sem fim !!! Pode ser quem em algumas décadas, quando a população cativa atingir mil exemplares, que comecem os estudos para a reintrodução



Nos resta agradecer !

Vida longa e feliz para essa gente que dedica a existência e os recursos materiais para tentar minimizar e compensar a tragédia desses bichos inocentes. Da natureza brasileira vai sobrar muito pouco, bem sei! O país cresce, à pobreza e à ignorância se soma a ganância. Animais e plantas vistosos ou valiosos, só estarão seguros em refugios específicos, nem nos parque nacionais há segurança, os incêndios destroem a vegetação e os caçadores rapinam os animais mais valiosos. Só se pode tê-los em perfeita segurança no cativeiro !

"Dois filhotes de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) nasceram no Brasil, no final de outubro de 2014, após 14 anos sem nenhum registro da ave em cativeiro. A espécie é ameaçada de extinção. De acordo com o Instituto Chico Mendes (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, os filhotes nasceram em um criadouro científico do interior de São Paulo.O nascimento dos pássaros é resultado de um trabalho de pesquisadores para aumentar a população desses animais na natureza. Segundo o ICMBio, nas primeiras semanas as novas aves receberam alimentação dos pais, mas agora são atendidas pelos veterinários. Ainda sem sexo definido, já que o material genético está em análise, as ararinhas terão seus nomes escolhidos por meio de votação pública."
Graças a Deus !!!!


As Outras Araras Azuis:



A Arara-Azul Grande.


Anodorhynchus hyacinthinus - Arara de cor azul cobalto intenso, maior psitácida do mundo, mais um metro de comprimento, a pele facial amarela em volta dos olhos e nas bochechas, é lindamente contrastante.



Bico robusto e Cauda longa, juvenis tem cauda mais curta e pele facial amarelo mais pálida, anda normamlmente em pares, mas forma bandos consideráveis por vezes. Os adultos mais velhos são mais acinzentados e apresentam pernas brancas. É claramente muito similar à Arara de Lear - A. learii – sua vocalização é estridente, porém bem menos dura do que nas araras coloridas comuns.


Ocorre em três áreas do Brasil: Amazônia Oriental (ao longo do Tocantins rios, Xingu e Tapajós e, possivelmente, no Amapá), o no interior do Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, e no Pantanal de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e marginalmente no leste da Bolívia (Santa Cruz) e Paraguay (Concepción, com relatos locais do Alto Paraguay ).



Ao longo da década de 1980, a espécie sofreu quedas populacionais importantes, cerca de 10.000 aves foram ilegalmente capturados para o comércio de animais. A destruição do habitat e a caça generalizada causou uma redução de seus exemplares. A maioria da população atual está localizado no Pantanal, onde, desde 1990, a espécie tem mostrado sinais de recuperação e expansão na sua distribuíção regional, provavelmente em resposta ao projetos de conservação. As populações do leste da Amazônia continuaram a declinar, de cerca de 1.500 indivíduos em 1986 , para 1.000 em 2003. A população total foi estimada em 6.500 indivíduos em 2003, dos quais 5.000 estavam no Pantanal (Anon. 2004) e cerca de 200 na Bolívia ( 2007).



Outro problema grave é necessidade das aves encontrarem locais adequados para nidificarem, apenas 5% das árvores de S. apetala têm cavidades adequadas , as árvores jovens dessa espécie são forrageada por gado e queimadas por incêndios freqüentes.


A saída, dizem os biólogos, é improvisar. Uma medida que deu certo foi a construção de ninhos artificiais. Depois de experimentar vários, de materiais com fibra de vidro e galões de plástico, perceberam qe as aves preferiram caixotes de madeira. Em três anos ja instalaram no município de Miranda, Mato Grosso do Sul, 135 caixas a uma altura média de 20 metros. Mas o importante é que deu certo. O resultado foi excelente.

"Em apenas dois anos foram registrados um aumento de 285% nos nascimentos", afirma a bióloga Neiva Guedes. o nascimento de sete filhotes; mais recentemente eles chegaram a 27, mesmo tendo tendo as araras ocupado apenas 10% das casa pré-fabricadas. O resto ficou com espertos tucanos, gaviões e corujas , que logo o invadiram. Em compensação, os sem teto-acabaram liberando os manduvis para as araras. Isso, efetivamente, contribuiu para elevar o número de filhotes.


Ninhos artificiais, colocados nesta árvore que são preferênciais para a sua nidificação, têm proporcionado aumento de população nos locais onde estão instalados, uma boa técnica para ajudar a natureza.






Pelo menos 10.000 aves foram retirados da natureza na década de 1980, com 50% delas destinado ao mercado brasileiro de animais de adorno. Em 1983-1984, mais de 2.500 foram capturadas na região de Bahia Negra, no Paraguay. Embora esses números estejam muito reduzidos atualmente, faltam animais na natureza, o tráfico continua, pagam mais de mil dólares por cada exemplar a quem as captura, depois, já no comércio, seu preço se multiplica.




 

Continua na parte II -  

Lá há mais informações sobre a  extinção da 
Ararinha - Azul de Spiix



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