VVVVVV>&&&&&%gt;gt;>>>>>>>>>>>>>>>>>"Ver e ouvir são sentidos nobres; aristocracia é nunca tocar."

&&&&&&>>>>>>>>>"A memória guardará o que valer a pena: ela nos conhece bem e não perde o que merece ser salvo."


%%%%%%%%%%%%%%"Escrevo tudo o que o meu inconsciente exala
e clama; penso depois para justificar o que foi escrito"


&&&&&&&&&&&&&&;>>gt;>>>>>>>
"
A fotografia não é o que você vê, é o que você carrega dentro si."


&
;>&&&&&>>>>>>>>>>>>>>>>&gt
"Resolvi não exigir dos outros senão o mínimo: é uma forma de paz..."

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"Aqui ergo um faustoso monumento ao meu tédio"


&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"A inveja morde, mas não come."


terça-feira, 17 de junho de 2014

As Viagens do Imperador - Parte II



Não deixe de ver a Parte I....





A distinção entre passado,
 presente e futuro é 
apenas uma ilusão
 teimosamente
 persistente."

Albert Einstein


"Para
 viajar basta
  existir."

Fernando Pessoa
 
haja
  hoje p /
tanto
houtem
  
Paulo Lemiski




"Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta;
 caso contrário, estarei reduzido à
 resposta que o mundo."
 me der."

Carl Jung


"A felicidade é uma ilusão, a vida oscila
como um pêndulo entre a dor e o 
tédio, a felicidade é somente a 
momentânea satisfação de
um  persistente
 desejo."

Schopenhauer


 "Me dê um gole de vida.
Não precisa morrer
 para ver 
Deus."

Criolo



Contudo, se depender de seus disseminados admiradores, D. Pedro II não ira seguir o destino de medíocre e imerecido esquecimento. Ele fundou o Brasil nação, seus passos merecem estudo, sua figura humana e histórica só dignificaram o país, seu mergulho nos domínios da morte não será motivo para que sua importância histórica seja diminuída. Apresentamos então a segunda parte deste resumo de alguns aspectos e sensações que extraímos dos vastos registros  de suas viagens, uma singela tentativa de lhe dar corpo virtual, para que melhor seja conhecido, e assim , a salvo do esquecimento, junto com aqueles todos que passaram pela vida, porém deixando marcas particulares e indeléveis. D. Pedro Ii, o Homem do Jaquetão, foi homem correto, grande brasileiro, não foi vilão, merece ser sempre bem lembrado. Como ele gostava muito de viajar, então convido o caro leitor a viajar com ele, é uma boa forma de conhecê-lo, imaginar por onde passou.



O longo reinado de D. Pedro II, de quase meio século, consolidou 
o Brasil como uma nação continental coesa. Após a Guerra
do Paraguay a situação acalmou-se, a economia  ia
bem com a ascensão da lavoura cafeeira, apenas
a Escravidão era um problema grave.
 No Brasil só se faziam críticas às suas férias,
 mesmo depois de décadas  governando
  o país, não mereceria qualquer 
descanso ou lazer.



"Nobres no convés e os negros no porão
Conte de um até dez e prenda a respiração
Quem controla o passado

 tem o futuro à mão.

Vitor Pirralho



Para ver a Parte I 
desta postagem:
>> CLICK AQUI<<

 
Viajando e instruindo-se, ele realmente
se sentia ditoso, era bem recebido
e respeitado como imperador
de um país continental,
 mas com orçamento 
menor que o 
da Bélgica.


 
Era um monarca muito atípico:
 pobretão, mas com o mesmo
 sangue nobre das outras
realezas europeias.

Por onde passou, foi sempre
 precedido pela fama
da futura riqueza
da jovem nação
brasileira.

Gostava de 
viajar !



"Ademais, quanto mais o homem tem em si, menos podem servir-lhe os demais. Esse sentimento de autossuficiência é o que impede o homem de valor e mérito intrínsecos de realizar os consideráveis sacrifícios exigidos pela vida em comum, ainda mais de buscá-la à custa de uma evidente abnegação de si mesmo. É o sentimento oposto que torna os homens vulgares tão sociáveis e tão acomodados; visto que é mais fácil suportarem os demais que a si mesmos." - Arthur Schopenhauer



A Itália de Teresa Cristina de Bourbon e Duas Sicílias era sempre visitada
 em todas  as viagens dos imperantes, para que a imperatriz
 pudesse rever seus familiares e amigos.





Ilustrações italianas do início
 década de 1870 e de 1888.



O Vesúvio sepultou sob os seus escombros vulcânicos as cidades de Pompéia e Herculano,
suas ruínas, objetos e muitos corpos foram conservados com todos os detalhes.

Pompéia tornou-se uma sensação arqueológica.
 
Erupção do Vesúvio em 1872, na mesma época da visita imperial.  
 
Ao centro o imperador em  Pompéia , já na viagem de 1888 , à esquerda estão o
 Príncipe Pedro Augusto e o médico Motta Maia, e à direita o
 camareiro visconde de Nioac.

 
A imperatriz arqueóloga deve ter exercido alguma 
influência sobre os roteiros das viagens.

 A imperatriz e sua camareira podem ser vistas  ao lado da mulher de branco,
sentadas bem acima do soldado isolado ao fundo.

Visconde de Nioac com guarda-chuva, Motta Maia atrás de perfil,
 Pedro II também de guarda-chuva e Pedro Augusto atrás, ao lado do avô.

Acima com a minúscula imperatriz e o neto Pedro Augusto em 1888, esta viagem
 duraria 14 meses e ficariam principalmente entre Portugal, França e Itália; 
visitando rapidamente a Bélgica e a Áustria.

 
Visitando Pompéia em 1871.


Na Nápoles natal da Imperatriz do Brasil
 está a fonte do interesse arqueológico 
que ela detinha, e que Pedro II
também cultuava desde
a juventude, neste
aspectos eram
parecidos.



A Grande Coleção do Reale Museo
Borbonico Arqueologico
di Napoli.


Grande parte deste acervo foi formado pela
família de D. Teresa Cristina, e algumas
peças arqueológicas vieram a
repousar no Museu Imperial
do Rio de Janeiro, por
intermédio da
imperatriz.

Fica aqui bem fundamentada em imagens a origem da
dinástica paixão da Família Real das Duas Sicílias
pela arqueologia em geral, a coleção que
formaram é das maiores do mundo.

Riquíssima !

D. Teresa Cristina trouxe toda  esta
 bagagem cultural em sua formação
 e espírito, a arqueologia
fazia parte de sua
essência.

Encontrou ressonância na
 enciclopédica alma
de seu consorte.


Como um evidente sinal do grande patriotismo do imperador D.Pedro II,
todo o  acervo arqueológico privado da imperatriz, por fim tornou-se
 patrimônio nacional.  O acervo doado por PII, já no exílio, era
a parte que ainda se encontrava no Museu do Imperador,
estando estas peças atualmente abrigada no Museu
Nacional e no Museu Nacional de Belas
 Artes, no Rio de Janeiro.

Ferdinando II - Rei de Nápoles.


D. Pedro II exigiu na doação que
 este acervo  fosse nomeado de: 
"Coleção Teresa Cristina".


Trecho de carta da imperatriz ao irmão-rei,  em 
09 de novembro de 1854, questionando sobre
a possibilidade de troca de antiguidades 
greco-romanas por arte plumária e
artefatos indígenas brasileiros:


"Vengo, caro Fratello, domandarti francamente se sarebbe possibile, che tu mi mandassi degli oggetti di Pompeia e Ercolano, o qualche altra antichità per il museo di qui, perché me li hanno domandati ed anche se tu vuoi qualche cosa che sta nel museo di qui, si potrebbero fare dei scambii, perdonami tanta seccatura, ma con te non faccio cerimonie e spero che altre tanto tu farai con me"

"Venho, meu caro irmão, lhe pedir francamente se seria possível me remeter alguns objetos de Pompéia e Herculano, ou quaisquer outras antiguidades, para o museu daqui, pergunto também se lhe interessa algo que esteja neste nosso museu, poderíamos fazer uma permuta, perdoa-me se te aborreço com este estorvo, contigo não faço cerimônias, e espero que não as faça comigo"

Teresa Cristina
 Pricipessa di Borbone
 Due Sicilie.



O valioso busto de Antinoo, da coleção da imperatriz e
atualmente exposto no MNBA.

 
Os objetos da Coleção Greco-Romana do Museu Nacional, têm origem nas
pesquisas arqueológicas da Imperatriz  Teresa Cristina nas suas
propriedades em Veio, ou então vieram no seu dote, ou
 ainda foram presente de seu irmão Ferdinando II,
Rei de Nápoles e Duas Sicílias.




Os afrescos de Pompéia na coleção, são exemplares de
 menor  porte, porém de ótima qualidade artística.


Cabos de espelhos funerário.



Escultura em mármore acéfala e cálice cerimonial
 com cariátides, ambos provenientes de Veio.


Vidro verde romano.



Guerreiro etrusco estilizado.
 
 Vaso grego antigo.


 
Vitrines no Museu Nacional com várias peças e objetos da Coleção de Antiguidades
Greco-Romanas e Etruscas, acervo sem igual no Hemisfério Sul, uma
gentileza do irmão da Imperatriz Teresa Cristina e muitas peças
das próprias escavações desta imperatriz arqueóloga
em suas propriedades na Itália e em Veio
 e no Reino Bourbônico.

Inestimável !


Outra coleção menor, mas de mesmo
 tema, adquirida no Séc. XX,
 por Ema Klabin, está
atualmente exposta
 em S. Paulo

http://www.emaklabin.org.br/





 
"Guardados no Museu Imperial de Petrópolis, os relatos se referem à segunda viagem internacional do monarca, na qual ele visitou, em 18 meses, mais de cem cidades, em quatro continentes. D. Pedro II anotou impressões dos 24 dias no Líbano, Síria e Palestina otomana, percorrendo quase 500 quilômetros."  
 
   
Lista da programação de viagens das férias
   de 1876, o Pedro da Mala estava em ação.  

 
"O historiador José Murilo de Carvalho, que escreveu a biografia do imperador (D. Pedro II – Ser ou não ser, editora Companhia das Letras), considera essas viagens grandes pistas para desvendar a personalidade real de Pedro de Alcântara, que, embora sentasse em um trono, era um homem simples e amante das artes. Fora do Brasil, ele podia se dar ao luxo de ser um apreciador comum de conferências, espetáculos e lugares históricos."    

da Revista de História.


“Existem momentos na vida da gente
em que as palavras perdem o sentido
 ou parecem inúteis, e, por mais que
 a gente pense em uma forma de
 empregá-las elas parecem não
 servir. Então a gente não diz,
 apenas sente” 

Freud



A cultura oriental tem antiga proficiência
 em promover a reta percepção
 sobre a existência e sobre
 o mundo.





Vindo de Odessa  na Rússia, em 1876, Pedro II chega à capital do
 Império Otomano e de lá, com permissão do Sultão, mergulha
 num  fascinante e arqueológico roteiro pela Turquia, Grécia,
Oriente Próximo e o Egito dos Faraós.




Pedro II do Brasil em Constantinopla, o encontro de dois impérios
 periféricos, ambos em busca de prestígio e estabilidade.


 De Constantinopla, o Sultão Otomano dominava
 todo o mundo árabe e muçulmano
do Oriente Médio.

O Império Otomano já estava bem reduzido em área no Séc. XIX, havia perdido todo o norte 
da África para França e Itália, o Egito e Chipre foram tomados pela Grã-Bretanha,
 também a Rússia incorporaria a Geórgia, Armênia e o Azerbaijão.
Ainda assim continuava sendo uma vasta e esplendorosa
 associação de nações islâmicas asiáticas.

O Sultão Abdul Hamit II, descendente de uma das mais longevas
 e gloriosas dinastias imperiais do mundo, encontrou-se
rapidamente com Pedro II e Gobineau na Hagia
Sofia, o prédio mais emblemático de
todo o Império Otomano.

Famoso pelos quase 20 casamentos e pelos incontáveis
massacres de muitas centenas de milhares de pessoas 
que mandou exterminar; contudo  mostrou-se
 muito simpático com Pedro II.



Genocídio armênio: a primeira nação cristã 
foi dizimada em 1915,  por ordem
 de Abdul Hamit II.

Portanto muito depois
 da visita de Pedro II.


 Tornou-se historicamente conhecido
 como:  O Grande Assassino.
 


Estava a menos de 3 meses no
 poder, ao tempo da visita do
Imperador do Brasil.


O primeiro parlamento turco estava sendo instalado, algo quase impensável dentro de
uma monarquia absoluta de séculos e séculos, o  mundo modernizava-se e
o império turco não desejava mais manter-se medieval no ano 1876.

Recebido especialmente pelo sultão neste soberbo e assombroso prédio, uma antiga
e monumental basílica cristã-ortodoxa, que depois da conquista turca em
1473, foi tornada mesquita tardia, tal como diversas outras
igrejas ortodoxas de Constantinopla. 

 
D.Pedro II e seu dileto amigo o Conde de Gobineau, foram então singular e amistosamente saudados pelo sultão com calorosos e inesperados apertos de mão. Trata-se de gestual ocidentalizado típico, e por isto muito pouco utilizado cerimonialmente por monarcas otomanos, provocou estranhamento a especial deferência para com o Brasil e seu monarca itinerante. D. Pedro não poderia viajar pela Terra Santa sem este gesto cerimonial prévio de apresentar-se ao monarca otomano, era uma questão de segurança da comitiva imperial, então com cerca de quase 200 pessoas, a diplomacia abriria as portas das terras muçulmanas do Levante para a curiosidade bíblica de Pedro II passar.

 
O protocolo diplomático otomano 
era severo e sem emoções
muito expostas. 

Acima a recepção diplomática  padrão 
para um dignatário inglês no Palácio
 de Dolma, no  mesmo 1876 
em que Pedro II visitou 
Constantinopla.


Gentil, o Sultão apertou a mão de PII num
 cumprimento informal, algo muito 
raro no protocolo oficial
 otomano.

Diplomatas franceses presentes,
deixaram registrado o seu
espanto diante de
gesto tão 
cordial.


As luzes do Oriente finalmente se mostrariam
brilhantes para o imperador que tanto lia
 sobre o mundo e seus encantos.
 Mas não poderia adentrar
 na Terra Santa sem
 se apresentar
 ao Sultão !



Os diplomatas franceses que acompanhavam a visita imperial, juntamente com o Conde Gobineau, também ele um diplomata francês, estranharam a atitude incomum do sisudo monarca turco, certamente Pedro II e o Brasil mostraram-se muito especiais para ele. Depois foram todos os componentes da comitiva imperial convidados a acessar uma janela da Hagia Sofia, para de lá observarem a magnífica vista da cidade e seu mar de azul sem igual, onde se encontram a Ásia e a Europa.




A sede do Estado Otomano era o Palácio Dolmabahce , uma construção europeizada,
 na qual a civilização turca demonstrava ser uma nação que nada ficava a dever em
luxo e refinamento a qualquer outra potência ocidental.


 O palácio custou, a seu tempo, o equivalente
 a 35 ton. de ouro, e ostentava 14 ton.
do mesmo metal no  folheamento
 de paredes e tetos.



Magnífica decoração.






 D. Pedro II deveria ter sido recebido solenemente neste palácio
oficial, ter subido a elegantíssima escada com  balaustrada
 de cristal, mas a diplomacia turca preferiu a
antiga basílica transformada em mesquita,
por algum motivo especial.


Provavelmente, o motivo da escolha do local de recepção, seja pelo fato
de D. Pedro II estar viajando como um turista, e não como imperador,
portanto fora do protocolo diplomático padrão ou cabível.



Impressionante os luxuoso detalhes
no acabamento deste belo
palácio turco de estilo
 tão eclético.

Sala Cerimonial de Recepção
aos Embaixadores.


Ostensivo luxo europeu na capital otomana:
bela decoração com lustres e balaústres
 de cristal Baccarat e franceses
 em Dolmabaçhe.

A mesquita imperial, anexa
ao elegante Dolma Palace.
Só a Rússia podia ser
comparável !

 
A suntuosa edificação mostra uma arquitetura extremamente
eclética, mesclando vários estilos arquitetônicos, todavia
sempre seguindo a tradicional disposição
espacial  de aposentos islâmica.





A edificação parece projetar uma transição do barroco
 para o neoclássico europeu, porém imersa
numa profusão de detalhes
islâmicos inseridos.


Cristaleria monumental nos
tetos e nas escadarias.

Abaixo o lustre  do Salão de Cerimônias,
 é o maior de todos, de manufatura
inglesa, pesa toneladas.


The Great Cerimonial Hall.












 Dolma Palace.


Assim como ocorreu na Rússia, e mais tarde ocorreria também no Egito, o luxo otomano 
deve ter dado real noção a D. Pedro II de como ainda era modesta e frágil a
monarquia tropical brasileira, os bons materiais de construção eram
inexistentes, as edificações eram extremamente toscas
e mal constituídas, exceto as igrejas,
 nada era notável.

A Hagia Sofia - "Sagrada Sabedoria" - ostenta quatro 
minaretes com apenas uma sacada rotunda cada.
 É frequentemente confundida com outra
 mesquita também muito faustosa e
 impressionante, logo abaixo.
Foi alçada à condição de
Museu Nacional.

Pedro II também visitou a Mesquita Azul , assim chamada popularmente em
 Istambul por seus acabamentos cerâmicos azuis, foi erguida no Séc. XVII.


É facilmente distinta pelos seus seis
 minaretes com três sacadas cada um.

As duas magníficas edificações situam-se
bem próximas, quase defrontadas.

A imperatriz que estava numa estação de águas minerais na Alemanha, se reencontrou com a comitiva do imperador vinda da Rússia em Constantinopla, só na Grécia se reencontrariam com a Condessa de Barral. Depois da visita grega partiriam de navio para o Líbano, e de lá iriam por terra , em peregrinação, até Jerusalém. Depois mergulhariam nas paisagens e ruínas do Egito, findando a longa jornada apenas em Lisboa, onde o paquete regular os conduziriam de volta ao Rio de Janeiro.

Constantinopla ou Istambul, na sua mescla de turcos, judeus e gregos;
mostrava-se um dos umbigos do mundo, lá o Oriente fervilhava.

Foi próximo à Ponte de Galata que a comitiva imperial
se hospedou, o cosmopolitismo de Istambul
impressionou D. Pedro II.

 Os aposentos da  sultana e o
   europeizado palácio Topkapi.



Sufi Dance:
 a oração transcendental.

Mais ao fundo o antigo obelisco egípcios trazido a Constantinopla
 havia muitos séculos atrás, compõe muito bem com a 
verticalidade acentuada dos minaretes da imensa 
 mesquita, numa devotada súplica 
arquitetônica aos céus.

O Trono do Império Otomano
ainda repousava sobre um 
grande poderio militar.

Gilberto Freyre, grande polímata brasileiro, afirma peremptoriamente
em sua obra que espanhóis e portugueses são mouros disfarçados
 de europeus.A Península Ibérica talvez seja como uma 
continuação do Norte da África, um pouco
 mais setentrional e fria.




A Capital do Grande Império Otomano.



Constantinopla e o Império Otomano eram o 
esplendor  do Oriente na fronteira com a Europa.


O passeio do sultão.

 Mesquita de Scutari.


 O famoso cemitério muçulmano e a grande fortaleza
de Scutari, citados no diário de Pedro II.


D. Pedro II desejou conhecer um lugar mais tipicamente turco e muçulmano,
 levaram-no para Scutari,  onde os anciãos islamitas desejavam viver
e ser enterrados, lá se foram o imperador e Gobineau visitar
as mais puras raízes religiosas e culturais da
cidade-porta do Oriente.

Constantinopla tinha ares fortemente cosmopolitas,
 já Scutari guardava, naquele tempo, a
alma turca ainda pura.


Da Turquia a comitiva imperial
brasileira rumou à Grécia.








A Grécia presenciou o reencontro tão sonhado com a companheira,
que nos sentimentos de D. Pedro era sua alma gêmea.

" A Grécia... que me deixou
 profundíssimas saudades."

D.Pedro II.


Um símbolo da Civilização Ocidental.

A inesperadamente complexa restauração do Partenon
nos mostra o refinamento inigualável de suas formas.
No documentário acima é possível compreender os
efeitos ópticos, as técnicas de construção e
a magnificência plena do monumento.
Veja em tela inteira - full screen

  Um cenário romântico, onde nasceram
os  valores da nossa civilização.


 O rei George I da Grécia e Pedro II já haviam se encontrado
 na Rússia alguns meses antes, quando visitaram este
império na mesma ocasião.


O Palácio Real de Atenas: na época da visita do imperador,
e como se mostra hoje, já reformado.


Pedro II também seria recebido oficialmente na residência recreativa de Tatoi,
 a monarquia grega era bem modesta, tal qual a brasileira.


  Sempre descrita como sendo de prosa e charme simplesmente irresistíveis, tal como uma "sherazade" afrancesada, assim a Condessa de Barral cativou Pedro II por décadas, com muita atenção, opiniões decididas, críticas ácidas e muitas  centenas de cartas intimistas. Não acredito que ela tenha amado Pedro II com paixão, ela, espertíssima como sempre, percebeu a infinita solidão que o assolava. Vendo-o completamente isolado culturalmente no Brasil, acompanhado de uma imperatriz insatisfatória,  investiu então numa proveitosa relação de alto nível com ele. Pedia-lhe dinheiro e favores regularmente, como qualquer amante ou amiga de elite, deixava claro que havia um custo pela relação, de amizade que fosse, tratava-o com deferência e respeito, mas sempre com superioridade intelectual.

Rapte-me
 camaleoa !

Leitos perfeitos,
seus peitos
 direitos

Me olham
 assim.

Fino menino
 me inclino
pro lado 
do sim.

Ele a adorava. A dificuldade de acessar o coração ardiloso e sofisticado dessa condessa cosmopolita, estimulava as suas veias românticas. O imperador foi sempre um grande romântico, como ditava a moda do seu tempo, apaixonava-se com frequência, tanto pela grandeza do mundo, como pela sofisticação da Civilização, como pela Ciência que começava a ganhar espaço em  tantos campos de interesse diferentes.


A Condessa de Barral ( por casamento e da Pedra Branca, nasceu
 baiana e foi criada na Europa pelo pai embaixador.  


"...muito calma, segura de si e 
soberanamente submissa,
  fazia da reverência
 uma obra de arte."
   
D.Pedro II  

 
Até na amante D. Pedro II foi diferente, ela era bem mais velha que ele, neste encontro de Atenas já tinha cerca de 58 anos,  quase uma década a mais. Minúscula como a imperatriz  e sem maiores dotes de beleza, tal como ela, todavia apresentava postura, elegância e conversa encantadoras. Criada na França, tornou-se muito refinada e fluida em assuntos europeus, em nada lembrava a chucra, caipira e voluptosa  Marquesa de Santos, amante do eternamente munido Pedro I. A imagem típica que se faz das amantes não serve para D. Luísa Margarida, a fascinante Condessa de Barral. Ela sempre se comunicou com o sua "alma gêmea" com evidente superioridade espiritual, todavia tratava o imperador com toda formalidade que as prerrogativas dinásticas dele mereciam. Seu o olhar era magnético e tantalizante, cultíssima e impositiva, fascinou Pedro II, que a considerava como uma alma gêmea, uma parte de si que andava com outras pernas. Professora de  quatro princesas, uma francesa e três brasileiras, ela sabia como fascinar o erudito alemão monarca do Brasil.

D. Luísa Margarida foi adjetivada na  corte
 francesa de "maravilhosa".

Sobre a sua primeira impressão da condessa,
 o imperador nos relataria anos mais tarde:

"Quando a condessa entrou, vestida de cinza-pérola, impressionei-me, de início, com seu penteado. Sob a mantilha, os bandós bem arrumados eram totalmente grisalhos. O nariz um pouco comprido, os olhos grandes demais invadindo um rosto quase anguloso completavam minha decepção [...]. Contudo, quando adiantou-se para cumprimentar-nos, senti nessa mulher algo extraordinário e indescritível. A elegância do porte, a vivacidade do olhar, a segurança tranqüila não explicam à perfeição o que dizer [...]. Nunca vi uma mulher fazer a reverência como a Condessa de Barral. Respeitosa sem se humilhar, calma, segura de si e soberanamente submissa, transformava a reverência em obra de arte. Foi a primeira de uma longa série de lições de civilização que me deu, até sua morte."


Sempre fina , discreta e bem vestida, além segura de si, em
 29 de outubro a condessa abandonou a Comitiva Imperial
e seguiu para Nápoles a bordo do Cambodge,
encerrava-se assim o dito intezrmezo
entre ela e o imperador.

"O imperador tinha um acordo com a condessa, de que ambos deveriam queimar as cartas recebidas um do outro imediatamente após a leitura. D. Pedro II seguiu as regras. Ela, por amor à história pessoal ou do País, guardou-as. Em 1940, o marquês de Barral e Montferrat, neto da condessa, doou quase cinco centenas delas ao Museu Imperial de Petrópolis."

Foram 13 inesquecíveis dias, ela tinha 60 anos 
ele já tinha 50; amaram-se mesmo !

 Ele jamais esqueceu daquelas noites
na romântica Atenas !


"Em 1970, José Mindlin, que era amigo do embaixador brasileiro em Paris, João Hermes, ficou sabendo que um irmão do marquês queria vender parte da correspondência de sua avó e trouxe as 377 cartas para o Brasil, a mais antiga datada de 3 de setembro de 1868 e a última escrita em 31 de dezembro de 1883."
  

“Não é por certo
de boa moral
trair a esposa
com a Barral."

Do pasquim O Corsário 


O imperador exprimiu todo o seu
  sofrimento com a morte da   
Condessa de Barral, em  
 janeiro de 1891:

“Nunca conheci inteligência assim, e
sempre a mesma durante 50 anos.
Estou deveras no vácuo.”



 


A Grécia e o amor da Condessa de Barral foram um    
grande encantamento e o ápice emocional de viagem.  

   

Posteriormente, pernoitando na cidade de Campo Largo  no Paraná, curiosamente escreveu a sua querida  condessa dizendo-lhe que o ar daquela noite  lembrava-lhe as noites gregas, em Atenas.


     
 As inesquecíveis noites de Atenas, acompanhado da  Condessa de  Barral,
 marcariam para sempre  as memórias sentimentais do imperador.  
O teatro Odeion  foi testemunha do início 
da cultura ocidental na Grécia Antiga.



Heirich Shliemann - arqueológo.

Ao conhecer o famoso escavador, logo surgiu amizade entre Pedro II
e o arqueólogo, nascendo assim mais uma relação científica entre
o imperador brasileiro e renomados sábios europeus.
Shliemann é considerado um dos pais da
moderna arqueologia científica.


Escavando na Turquia , Shliemann localizou o sítio de Tróia,
numa escavação pioneira e clássica, descobriu objetos
e joias de grande beleza e valor histórico.

A clássica foto da esposa de Shliemann ostentando
as joias em ouro da escavação troiana.


Pedro II passou, na companhia deles,
 a percorrer alguns sítios arqueológicos
importantes da região.

 Máscara de ouro 
do Rei Agamenon.

Ao  incorporar o erudito arqueólogo Heirich Shliemann e sua esposa a sua já avolumada comitiva de muito mais de cem pessoas, Pedro II resolveu ir com eles até a ilha de Creta, num passeio pelas Ilhas Gregas no navio Paralos. Em Creta visitaram a Túmulo de Agamenon, também notória descoberta arqueológica de Shliemann em Micenas, cuja a famosa máscara de ouro está acima disposta; seguindo então as descrições e relatos de Homero, percorreram as ruínas.

A megalítica Porta dos Leões em Micenas,
deixou passar Pedro II do Brasil.

Em Delfos visitaram as ruínas do famoso Templo de Apolo, notório pelo
seu oráculo, onde a pitonisa  respondia aos suplicantes.

"A Pitonisa, sacerdotisa de Apolo, [...] recolhida ao templo, onde permanecia isolada, só proferia os oráculos em certos dias sentada na trípode, sob a qual havia uma abertura ou fenda no chão, de onde subiam vapores aromáticos; e assim mergulhada numa atmosfera de perfumes era tomada de fortíssima agitação, e então começava a falar, emitindo oráculos, ou respostas às interrogações que lhe eram dirigidas .."

Em Corfu foram recebidos no Palácio Real de Verão,
atualmente um museu.



     Da Grécia partiram para a Terra Santa.   


Ao chegar em Jerusalém, PII escreveu
 à Condessa de Barral:

" Essa digressão ( excursão/roteiro ) 
não é como a da Grécia, que 
me deixou profundíssimas
 saudades."





Beirute no Líbano foi a porta de entrada
     para a peregrinação à Terra Santa.  

   
O casal de imperantes do distante país das selvas, de férias e em peregrinação religiosa e turística, provocou imensa curiosidade, tanto no Líbano como na Síria. D. Pedro com seu jeito cativante, simpático e simples, incentivava junto à administração estatal a imigração dessa gente para o Brasil, alardeava as maravilhas despovoadas e chuvosas do tropical gigante continental. Vindo da Grécia no navio “Aquiila Imperial”, de bandeira verde e amarela. Hospedou-se no “Hotel Belle Vue” em Beirute e, munido de uma égua branca e uma mochila, percorreu o país dos cedros. Esta visita, de uma alta autoridade brasileira em tal época, pode ser considerada de grande valor histórico, apesar de a mesma ter sido em caráter turístico e científico. O imperador permaneceu no Líbano de 11 a 15 de novembro de 1876. De Beirute, escreveu então ao diplomata e amigo francês Joseph Gobineau, que ainda estava em Atenas: 


"A partir de hoje, começa um mundo novo.
 O Líbano ergue-se diante de mim com
 seus cimos nevados, seu aspecto severo,
 como convém a essa sentinela 
da Terra Santa".  

D.Pedro II 
 
  
Nesse período, D. Pedro II visitou o Colégio Protestante Sírio (fundado em 1866, tornou-se mais tarde a Universidade Americana de Beirute), o Colégio Francês dos Jesuítas (fundado em 1875, posteriormente tornou-se a Universidade Americana de Beirute) e outras instituições. Encontrou-se com diversos intelectuais vinculados às ciências e às artes, entre os quais o gramático Ibrahim al Yazigi, que lhe ofereceu vários livros em árabe, estas obras integram o acervo do Museu Imperial de Petrópolis, e o professor Cornelius Van Dyck, da Universidade Americana de Beirute. O imperador assistiu a uma das aulas de Van Dyck próximo a Nemi Jafet, um dos pioneiros da emigração libanesa.

  Depois de visitar o patriarca da Igreja Maronita, Bulos Mass'ad, em Bkerke, dirigiu-se à cidade de Chtaura numa carruagem da "Sociedade Otomana da Estrada de Beirute a Damasco" (fundada em 1861). Ao chegar à cordilheira do Monte Líbano, escreveu em seu diário: "Felizmente a chuva tinha cessado, clareando o tempo de modo a gozar da vista magnífica da planície de Bekaa".
   Após atravessar o vale de Chtaura e passar por Zahle e outras cidades, chegou a Baalbeck em 14 de novembro e redigiu em seu diário: "A entrada nas ruínas de Baalbeck, à luz de fogaréus e lanternas, atravessando por longa abóbada de grandes pedras, foi triunfal e as colunas tomavam dimensões colossais"
 
  No dia seguinte, visitou os templos de Baco, Júpiter e Vênus. Anotou: "Saindo de Baalbeck, onde deixei meu nome com a data na parede do fundo do pequeno templo [o templo de Baco], está cheio de semelhantes inscrições"  
"Comme le monde est bête "
 deixou escrito

"A noite passada encheram-se os cabeços dos montes de neve 
e que belo efeito produziram, vistos do fundo do grande
 templo [o templo de Júpiter] ou por entre
 as seis colunas".

D. Pedro II

 
 
 A emigração dessa gente com o comércio enraizado na alma, viria a enriquecer a sociedade brasileira, os fluxos migratórios começaram a se configurar a partir da passagem das Majestades Imperiais pelo desertos da Terra Santa. Neste percurso de sua comitiva, escoltado por soldados, um deles seguindo à frente portando uma longa lança com a bandeira verde e amarela, o Imperador encontrou-se com vários camponeses e a eles falou da nova terra chamada Brasil, um vasto país fértil onde já se encontrava um pequeno número de libaneses vindos da Europa e do Egito.

 Temos hoje em terra brasileiras a maior população de libaneses e descendentes fora do Líbano, são milhões, é uma cativante história de miscigenação cultural que começou nesta circunstância que aqui descrevemos.

 
Eles seguiam altivos pela Terra Santa a cavalo, a História do Brasil, mais lenta, seguia a pé observando tudo e fazendo as conexões possíveis; eu sigo hoje, profundamente sensibilizado, o último da fila, estupefato com amplitude das viagens de SS.MM.II. Como foi possível nada saber sobre isto tanto tempo? Por que essa parte da História foi deliberadamente obliterada dos livros didáticos? Parece que a figura dele incomodava muito os primeiros republicanos, era preciso eliminar o contraste que causava, mas hoje não há mais porque mantê-lo na escuridão da imensa noite de contar os anos. Faz-se mister resgatar-lhe a honra pessoal, também a sua postura como Chefe de Estado, uma forma de oferecer postumamente algumas flores aos seu ossos; se ele por ventura não merece nossa consideração, ninguém mais, que posteriormente tenha governado nossas terras nacionais, há de merecer.

No Líbano o encontro com as titânicas ruínas de  Baalbeck, as maiores colunas  romanas já erguidas e blocos de pedras tão gigantescos  que até hoje desafiam a imaginação.   Não sabem explicar como foram cortados e transportados, especialmente aqueles blocos ciclópicos que formam a base do templo de Júpiter-Zeus .


As primeiras levas significativas de imigrantes árabes começou oficialmente no Brasil por volta de 1880, portanto logo em seguida a viagem de Pedro II, com uma leva de libaneses. Calcula-se que, até o ano de 1900, chegaram ao Brasil 5.400 árabes. A imigração de maiores fluxos de sírios-libaneses no Brasil tem início em fins do século XIX. No início do século XX, esse fluxo imigratório cresceu muito e passou a se tornar importante. A maioria seria de origem libanesa ( cerca de 6 milhões), enquanto o restante mostraria-se, predominantemente, de origem síria. Os problemas sócio-econômicos, crescentes e agravados no Oriente Médio no início do século XX, incrementariam progressivamente a emigração em direção ao Brasil: no ano de 1920, já viviam no País pouco mais de 50 mil árabes.A situação no Libano influenciou muito na emigração dos libaneses, motivos políticos e econômicos foram fundamentais para o êxodo.

 O relacionamento políticos entre cristãos e muçulmanos no Líbano estava longe de ser dos melhores, os cristãos se recolhiam em montanhas onde viviam de atividades rurais. Mesmo assim ainda sofriam com medidas autoritárias dos muçulmanos, como é o caso do tratamento rude que sofriam dos soldados do exército maometano. Economicamente, o século XIX foi de grave crise para libaneses e sírios, os altos impostos e a fraqueza do governo impossibilitavam condições adequadas de vida no país. Os libaneses escolheram o Brasil para emigrar, isso porque encontraram grandes dificuldades de entrar em outros países, como os Estados Unidos. Já o Brasil não impunha barreiras por causa da necessidade de trabalhadores estrangeiras que era propagada.


Do Líbano, os imperiais brasileiros foram para Damasco, na atual Síria,
na época, todo o Oriente Médio pertencia ao Império Otomano.

A antiga cidade de Damasco estava disposta em torno
de sua grandiosa mesquita principal.

A Grande Mesquita de Damasco, uma das mais 
interessantes do Islã, foi alvo da visita 
dos imperantes brasileiros

 Costumes sírios do séc. XIX.

 
 
Tudo por lá mostrava-se excepcionalmente antigo !


 
Das melancólicas e antigas paisagens
 sírias, seguiram para a Palestina.





A Terra Santa recebe o  
imperador peregrino.  




Acima a Igreja do Santo Sepulcro, onde comungou por ocasião do seu aniversário
de 51 anos, em 2 de dezembro de 1876, havia chegado no dia
anterior à mítica Jerusalém, a Cidade Santa.
  

 Uma viagem para além da vida,
  todavia relacionada com a
   Terra Santa.

    Decidi melhor alocar neste ponto o interessante detalhe
   psicografado pelo famoso médium Chico Xavier:
Cassius Longinus reencarna
      como D. Pedro II:
 
São Longinus.
 
  
Pedro de Alcântara.

   
De todas as tuas histórias , dentro dessa tua existência tão rica em detalhes, esta foi o que mais gostei ! Sobre a espiritualidade de Pedro II, prefiro dar-lhe voz, compilando alguns dos seus pensamentos, muitas vezes contraditórios,  porém típicos daqueles que na  incerteza do corretíssimo, acabam por ter respeito e fé por tudo que seja digno e moralmente aceitável:  

  " Deus é a natureza."  
  
 " Cristo é a transformação divina através da História. "
    
" Sair da espiritualidade para entrar na idealidade. "
  
" A idéia de que Deus é uma forma de idéia do infinito."

" Sou religioso porque a moral, condição da inteligência,
  é a base da idéia religiosa. "      

" Minha razão considera todas as leis morais e físicas como estabelecidas pelo Criador:
    uma delas seria a evolução completa no reino animal com a distinção
    psicológicas do homem em relação aos outros animais."
 
Era refratário: a Maçonaria, ao Esoterismo, ao Titanismo de Gobineau,  ao Positivismo de Comte e Benjamin Constant, e ao Niilismo de Nietzche. Ao contrário de sua filha Isabel, não era católico fervoroso e radical, também não apreciava o convívio de animais domésticos.



"Cassius Longinus, centurião romano, foi incumbido de verificar se o crucificado Jesus de Nazaré estava morto. Com a lança, atingiu pelo flanco o coração do Messias. A lei proibia que os crucificados ficassem moribundos após a hora nona. João, o Evangelista, afirma que "um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água" "Dos teus esforços se exigirá mais de meio século de lutas e dedicações permanentes. Ampara os fracos e os desvalidos, corrige as leis despóticas e inaugura um novo período de progresso moral para o povo das terras do Cruzeiro.  
  
"Procura aliviar os padecimentos daqueles que sofrem nos martírios do cativeiro, cuja abolição se verificará nos últimos tempos do teu reinado." "Foi assim que Longinus preparou a sua volta à Terra, depois de outras existências tecidas de abnegações edificantes em favor da humanidade, e, no dia 2 de dezembro de 1825, no Rio de Janeiro, nascia de D. Leopoldina, a virtuosa esposa de D. Pedro, aquele que seria no Brasil o grande imperador e que, na expressão dos seus próprios adversários, seria o maior de todos os republicanos de sua pátria."
  ( do livro Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, de Humberto de Campos,
 psicografado por Francisco Cândido Xavier)
    
Personagem histórico rico em  facetas espirituosas e espirituais.
     Não poderia deixar de registrar estes detalhe !  
 
 
       
Portões e ruínas  nas Muralhas de  Jerusalém, foto
contemporâneas à visita do imperador do Brasil.  


Sacred Places - Jerusalem
 
"A visita de D. Pedro II a Jerusalém, em 1876, foi um dos marcantes acontecimentos locais da época. Para só citar um exemplo, basta dizer que a Imperatriz Dona Teresa Cristina, conforme sublinham as crônicas, foi a primeira imperatriz, depois de Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, que pisou naquelas terras tão caras aos cristãos."
 

A Mesquita de Omar, o Muro das Lamentações e
 os restos do Templo de Salomão.
Acima, vemos um Pedro II (será ele mesmo ?) quase bíblico, pelas 
barbas ainda algo escuras, só poderia ser na viagem 1871-72,  
montado num camelo, tal como um rei mago 
tropical em peregrinação
 ao Oriente. 
 S.M.I.  em 1870, um ano antes de sua primeira
 viagem ao Egito, podemos comparar
 as fotos, a expressão é a mesma.

 Já na viagem de 1876-77, ele exibia uma barba completamente branca,o casal de imperantes veio do Líbano até Jerusalém, cerca de 500km , ele a cavalo e ela de liteira. Eram ambos arqueólogos e peregrinos, nesta viagem estavam juntos, não por total acaso a Condessa de Barral  desapareceria da comitiva quando estiveram no Egito.
 
Belém.
Nazaré


 
 Mulheres orientais, o Muro das Lamentações e o Rio Jordão
que Pedro II viu em Israel na viagem de 1876,
 fotos da época.





 
 
 Abaixo um longo trecho do diário de viagem de    
D. Pedro II à Palestina, do dia 29/11/1876,
está fragmentado entre as fotos.  

 
Um dos santos, eremitas do deserto, que
marcaram o início do cristianismo,
 foi o monge palestino Sabbas.


O mosteiro faz parte da Igreja Greco-Católica Melquita,
  com sede episcopal também em Jerusalém.






Visit the Monastery.

“Saí as 5 ½ (5h30). A Imp.(Imperatriz), como não podem ir as liteiras a S. Sabbas e mesmo não entram Sras. no convento, segue o caminho de antes de ontem partindo mais tarde... O caminho daí até perto de S. Sabbas é terrível, atravessando-se gargantas horrivelmente pitorescas... Ao chegar ao convento caminha-se ao longo do Cedrón, cujas ribanceiras de pedra têm centenas de pés de altura... Os edifícios do convento estão agarrados à ribanceira direita do rio que se lança no Mar Morto... Receberam-me com repiques desde que me avistaram, e à entrada com duas tochas acesas. Os frades, que são 60, estavam me esperando. O que mais me agradou no convento, cuja regra é a de S. Basílio – são gregos cismáticos –, foi como os melros, que se abrigam nos buracos da ribanceira oposta, vêm comer na mão dos frades.

    
 O corpo do santo monge, guardado no mosteiro, ainda mostra-se
   incorrupto, demonstrando a força da fé do eremita.

Abaixo  se vê a tamareira cansada do tempo, no pátio do mosteiro, 
exatamente conforme foi descrita pelo imperador em seu diário.



O Mosteiro de Saint Sabbas.
 
"Num pequeno quarto, havia manuscritos dos Evangelhos e Sermões... Custou a obter do frade que falava francês, que deixasse o Henning examinar a outra coleção de livros de uma torre onde ele achou alguns manuscritos, apesar do frade asseverar que só existiam impressos. Tal repugnância poder-se-á explicar pela vergonha que eles tenham de não haverem aproveitado, por ignorância, as riquezas literárias que possuam... O convento é, por assim dizer, um meschakid de edifícios aproveitando as grutas do rochedo... Num canto mais abençoado, levanta-se uma palmeira bastante alta, mas que se curva para trás como que precisando de encosto na parede. Os frades deram-me doce, água e café e à 1 ¾ (13h43) parti. O caminho daí em diante não é tão pitoresco. Às 3 ¼ (15h30) já via Jerusalém, subia sempre mais ou menos atravessando diversas vezes o Cedrón, ou seguindo para dentro do seu leito até Jerusalém.”

 A estrada para Jerusalém viu um pouco do Brasil peregrino
   seguir viagem para o Egito dos Faraós.


  

 Lugares místicos como as capelas da Anunciação, da  Virgem Maria e do
    Santo Sepulcro mereciam visita e oração.  

 Foi uma vista inesquecível
à Terra Santa.


 








Devido a riqueza de detalhes nas interações entre
o monarca brasileiro e o Egito Faraônico, esta
parte da postagem se desenvolveu muito
além do inicialmente previsto, assim 
sendo, devido ao vulto que 
 tomou, foi emancipada
 em postagem
 própria.


para acessar
 a postagem


D. Pedro II no Egito.







 
   O Trono Português viu a Família Imperial Brasileira usar
 Lisboa como porta de entrada e de saída para o resto do mundo.


A Coroa Portuguesa repousava estável na
Constituição pela qual o pai de
D.Pedro II fez guerra feroz
 e cruel; D. Maria II, sua
 irmã soube manter o
 país e a dinastia em
grande paz e
prosperidade

 
 Na Europa,  mal se disfarçava a admiração por um monarca que “não
 abusava”das riquezas do seu vasto império, muito maior em
 dimensões territoriais e reservas naturais do que
 toda a Europa junta, a tradição  bragantina
de governar com leis limitadoras
vigorava lá é cá  .


  
"É Eça de Queirós que em suas Farpas, em fevereiro de 1872, descreve com ironia a atitude desse monarca que, no exterior, ora negava ora afirmava a sua realeza: “Um instante de atenção! O Imperador do Brasil, quando esteve entre nós (e mesmo fora de nós), era alternadamente e contraditoriamente — Pedro de Alcântara e D. Pedro II. Logo que as recepções, os hinos, os banquetes se produziam para glorificar D. Pedro II — ele apressava-se a declarar que era apenas Pedro de Alcântara. Quando os horários dos caminhos de ferro, os regulamentos das bibliotecas, ou a familiaridade dos cidadãos o pretendiam tratar como Pedro d'Alcântara - ele passava a mostrar que era D. Pedro II. De sorte que se dizemos que se hospedou entre nós Pedro d'Alcântara erramos - porque ele asseverou que era D. Pedro II. Se nos lisonjeamos por ter hospedado Pedro II desacertamos porque ele afirmou ser Pedro d'Alcântara.""

Extremamente venenosa esta língua lusitana, ele ataca os
 extremos de comportamento, e por consequência.
 também a interface entre eles !




A residência oficial do monarca lusitano era o Paço da Ajuda, embora muito mais luxuoso
 e bem construído, a fachada e os volumes lembravam um pouco o Paço de São Cristóvão.


 
 
O pequeno Portugal exalava um luxo
 que o Brasil nunca pode igualar.



Com a repentina morte de D. Pedro V, com pouco
mais de 22 anos, assume o trono seu
irmão D. Luís I,os dois sobrinhos
do imperador Pedro II.


Sentados vemos D. Luís ainda jovem com a esposa Pia de Sabóia,
em pé seu pai D. Fernando II, regente do reino.

 D. Luís recebeu Pedro II por duas vezes, na terceira viagem,
 a do exílio, foi seu filho, recém entronado que o recebeu.







 
D. Luís em traje de gala e D. Pia, a rainha de origem italiana, esta ficou famosa pelos gastos e pelo luxo nunca antes tão exalante na corte portuguesa. Deu-lhe dois filhos: D. Carlos e D . Afonso, ambos loiros como o pai. Por último D. Luis e sua elegante irmã Maria Antónia, Princesa de Hohenzollern-Sigmaringen por casamento.

  
Tudo muito bem arranjado, posto que 
ainda havia um Império Português.


"Foi em Portugal que d. Pedro causou mesmo sensação: não se entendiam facilmente os hábitos desse monarca que, em viagem, abria mão dos rituais. “Na praça da Figueira misturou-se com o povo e com as vendedeiras, de uma dessas comprou três enormes maçãs que ele próprio levou para o carro e pagou generosamente com meia libra. Com os colarejos e saloios conversava familiarmente e discutia os preços." "
Um saloio ( camponês-verdureiro)  fez essa exclamação: 

"Então esse é que é o Imperador? 
 Não se parece nada com reis.”
O português fez História sem saber,
 foi tão natural que disse tudo!


Palácio da Pena em Sintra.

Recebido, em 1871, no cais do Sodré pelo rei de Portugal em pessoa, que aliás era seu cunhado, D. Pedro causou estranheza por viajar como um simples particular, sem nenhum séquito e sobretudo, o que era e continua sendo o mais espantoso, sem debitar a conta do seu turismo ao tesouro da Coroa, por entender que as riquezas do país não lhe pertenciam, mas, sim, ao povo brasileiro. Como não admirá-lo ? "D. Pedro começa então um vasto itinerário pelas províncias de Portugal, país que provavelmente lhe ficara como uma imagem estranha na memória: local de falecimento de seu pai, do reinado de sua irmã, ambos mortos naquele contexto. Mas o ritual da viagem tão esperada não pararia na imagem do passado; o presente aliava d. Pedro ao que reconhecia como “a modernidade e a ciência” de seu tempo. O monarca realiza uma verdadeira “via-crucis da cultura”, encontrando intelectuais portugueses como Castilho e Alexandre Herculano e visitando uma série de instituições de ensino".


A cidade do Porto, às margens  do Douro.

O apreciado arco monumental.

 O coração embalsamado  de Pedro I.

Palácio de Belém.


Eça de Queiroz comenta o Imperador das Selvas:

“Esteve em Lisboa sua majestade imperial o senhor dom Pedro II do Brasil. É um príncipe extremamente liberal, que usa dos requintes democráticos com a mesma profusão luxuosa que um dandy poderia ostentar, nas suas gravatas, nas suas luvas ou nos seus perfumes. Põe a coroa na cabeça com a simplicidade despreocupada com que carregaria sobre a orelha um boné de viajante. Mete debaixo do braço o seu cetro com a sem-cerimônia simpática de quem trás um guarda-chuva. Deseja que o fulgor da realeza fira tão pouco os olhos, que aquele que o notar possa confiadamente aproximar-se e pedir-lhe o seu fogo.   O senhor dom Pedro II não põe somente a democracia na sua política e nas instituições do seu império. Também a põe nos seus hábitos, nos seus usos particulares, na sua conservação, nas suas maneiras, no forro do seu chapéu e na casa do seu paletó. Se a democracia se pudesse converter em alimento, sua majestade imperial teria acabado com ela, comendo-a com pão.  
 
 Detalhe do teto pintado no Palácio de Belém.

   
Sua majestade imperial não aceitou hospedagem que lhe estava preparada no palácio de Belém, nem a estação de quarentena a bordo de um navio de guerra. Preferiu a mesa redonda do Lazareto e um quarto no hotel Bragança. Quis este notável e grande príncipe dar ao mundo o espetáculo cheio de lição e de moralidade de um soberano que principia o dia mandando pergunta se há cartas para o número marcado no anel do seu guardanapo, e o termina pondo das botas para engraxar fora da porta do seu quarto. Quantos reis não invejariam – agora principalmente que o oficio se está tornando grave – o estranho prazer deste monarca, que, abancando a uma table d´hôtel, larga das mãos as rédeas do governo para receber um palito de um estudante em férias, e passa a mostarda a um commis em nouveauté!"
 
  Feroz..feroz...feroz: tratou-o 
como se ele fosse um hipócrita !

 
Os mandatários estrangeiros ficavam  tradicionalmente hospedados no Palácio de Belém, como as linhas marítimas usuais ligavam o Rio de Janeiro à Lisboa, D. Pedro e D. Isabel invariavelmente passavam por ali em suas viagens, também costumava ficar em hotéis, dispensando as honras.

Também foi motivo de piadas em Portugal,
não foi só no Brasil que foi ridicularizado.


"É o mesmo Eça de Queirós que em suas Farpas, em fevereiro de 1872, descreve com ironia a atitude desse monarca que, no exterior, ora negava ora afirmava a sua realeza: “Um instante de atenção! O Imperador do Brasil, quando esteve entre nós (e mesmo fora de nós), era alternadamente e contraditoriamente — Pedro de Alcântara e D. Pedro II. Logo que as recepções, os hinos, os banquetes se produziam para glorificar D. Pedro II — ele apressava-se a declarar que era apenas Pedro de Alcântara. Quando os horários dos caminhos de ferro, os regulamentos de bibliotecas, ou a familiaridade dos cidadãos o pretendiam tratar de Pedro de Alcântara — ele passava a mostrar que era D. Pedro II”.    

 


Eça de Queiróz e sua língua inteligente e afiada, em sendo
cobra muito perigosa, deve ser  sempre ensopada
  no próprio veneno.

O ladino escritor português  deu-lhe a simpática alcunha de “Pedro da mala”, em virtude da pequena valise de couro escuro que trazia sempre consigo nas viagens, o imperador despertava a curiosidade com seu teatro de cidadão e "Presidente da República do Império do Brasil". Não percebiam que foi assim, nesse simulacro de eternamente barbado e com livros na mão, que ele permaneceu por quase 50  anos neste cargo tão espinhoso. Com a libertação dos escravos, foi logo descartado, deposto e exilado no ano seguinte, todavia após seu desaparecimento, senta-se pacífico e respeitado no trono eterno da História, lugar que ele ocuparia por esforço próprio. Ao contrário de seu pai português, o segundo imperador, este legitimamente brasileiro, apresenta uma biografia ilibada, nada que se possa comparar  com qualquer outro rei lusitano, quase todos geralmente pacatos, previsíveis, uns poucos alienados e outros um tanto loucos.


Todavia, creio firmemente que na verdade, lá no fundo do íntimo de Eça de Queiróz, quando despreocupado em despejar as suas avassaladoras e saborosas caldas de veneno, pensava  sobre o imperador exatamente o que disse numa outra ocasião. Este outro pensamento-frase não foi direcionado originalmente ao imperador brasileiro, mas este sim, parece-me muito mais ponderado e cabível para o diagnóstico do simulacro de comportamento público, visivelmente ensaiado, de Pedro II:



  "Quem sem descanso apregoa a sua virtude,
    a si próprio se sugestiona virtuosamente,
  e  acaba por ser às vezes virtuoso."
 Eça de Queiróz    


Menos mau.

  Menos mal !  


.....te vinguei deste palhaço português !



 
Em Lisboa - 1876.


Em 1889 quando a Família Imperial destronada aportou em Lisboa, em sua derradeira viagem para fora do Brasil, causou embaraço ao recém coroado rei português  D. Carlos I.  Logo seguiram para a França, depois da imperatriz ter falecido no Porto. O constrangido novo monarca respirou mais aliviado após a partida do velho monarca destronado. Todavia não imaginariam jamais que o desfecho do fim da monarquia portuguesa seria tão trágico, os parentes portugueses pagariam com o próprio sangue a ascensão do republicanismo em terras lusitanas. Vale a pena mostrar essa página difícil da História de Portugal, ela bem poderia ter se repetido no Brasil, deste ponto de vista, foi melhor o exílio do que os assassinatos e a dor da luta encarniçada pelo poder.

 
 Sangue de reis...D. Carlos nem imaginava que seria assassinado junto 
com seu filho e herdeiro, a República lá chegaria cerca de 20 anos
depois que a monarquia brasileira findou.


Esse trecho de uma carta de D. Carlos mostra bem como deveria ser uma postura de chefe de estado numa Monarquia ameaçada e fraca: «Tu julgas que eu ignoro o perigo em que ando? No estado de excitação em que se acham os ânimos, qualquer dia matam-me à esquina de uma rua. Mas, que queres tu que eu faça? Se me metesse em casa, se não saísse, provocaria um grande descalabro. Seria a bancarrota. E que ideia fariam de mim os estrangeiros, se vissem o rei impedido de sair? Seria o descrédito. Eu, fazendo o que faço, mostro que há sossego no País e que têm respeito pela minha pessoa. Cumpro o meu dever. Os outros que cumpram o seu.»
 

A volta ao Brasil sempre passava por 
Lisboa e seus paquetes periódicos:

 
 À bordo do paquete Congo, a comitiva imperial retorna ao Rio de Janeiro, em 1888, embarcada em Lisboa como de costume. D. Pedro II, que partiu desenganado pelos médicos, e após uma síncope em Milão, onde recebeu a extrema-unção, retornava para um Brasil já sem escravos, ainda convalescente e provavelmente achando que esta seria sua última viagem ao exterior. Não imaginaria a triste viagem do exílio que lhe foi imposta imediatamente após o golpe republicano. Até mesmo esta última ele aproveitou, leu muito, descansou e ficou muito amigo do capitão do paquete Alagoas, e agradecido ainda deu-lhe um relógio de ouro com uma dedicatória gravada, nem no infortúnio deixou de ser o turista incidental que sempre foi. 


 
"Um ponto, um traço .___
 brilho pouco no céu que tu és !"


Uma historiadora tem insistido em chamar  S.M.I de "cinzento",
espero ter soterrado esta percepção com imagens, fé e vida.
Ela passará, e S.M.I continuará, para todo sempre,
 passarinho...passarinho...

D. Pedro II tinha, de certo, aspectos melancólicos,
foi  introspectivo e discreto no limite do possível.
Teve uma vida solitária ,limitada e bem tristonha,
 como muitos de nós. Contudo, mostrava-se
 rico  de alma, seus companheiros de 
viagens citam-no como um ser
incansável de corpo e 
insaciável de espírito.

 Monarca, agia
comedido e
 justo.



Esta postagem me trouxe uma proximidade com o 
passado como nunca antes tinha sentido assim tão perto,
 espero  que o leitor também se abstraído e  assim
participado conosco, neste intercurso
virtual, através do tempo.  


Para acessar

AS VIAGENS DO IMPERADOR 
Parte I

 CLICK AQUI


   

Um comentário:

  1. Viajei e viajei na postagem. Uma viagem, adorei os lustres, as imagens do Egito, não conhecia a condessa,
    achei interessante o romance na Grécia. Vc é forte, enfrenta o tempo com muita facilidade, um abraço
    Nilson

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