
Principais Espécies de Orquídeas do Interior Paranaense:
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Paraná - Orquídeas nos Planaltos I - Geografia
Paraná - Orquídeas nos Planaltos I - Geografia
Toda a área planaltina paranaense era composta de grandes florestas em clima ameno, apresentava grande    ocorrência de orquídeas, contrastando com a  vastidão e grandeza florestal, eram poucas as orquídeas mais   vistosas, as belas orquídeas do Cerrado e  da Mata Atlântica  não conseguiram adaptar-se ao clima vigente. Se formos fazer uma exposição  das orquídeas nativas dessa   área,  teríamos de premiar apenas Oncidiuns, Maxillarias e Capanemias; o restante das plantas são apenas interessantes, não se comparando com as espécies dos estados mais meridionais. Não há Cattleyas e nem Laelias, as singelas  Brassavolas e Sophronitis existentes,  são de distribuição apenas limítrofe, em compensação    encontra-se muitas espécies de orquídeas botânicas, quase todas do    terceiro escalão orquidófilo.
I) Miltonia flavescens:

Essa    é a mais abundante espécie do planalto basáltico, desde a região de  Cornélio Procópio no Norte Velho, até a Argentina, Paraguay e Oeste    Catarinense, é vista pelos restos da  vegetação original e grandes    árvores isoladas. Nessa região paranaense parece existir uma subespécie    maior, de maiores inflorescências e de tendência entouceirante,  vegeta pelas áreas mais secas do interior de SP-PR; chamada de var. stellata Regel.
 No    Brasil , vegeta desde PE-BA à Região da Missões no RS, no PR é mais    frequente entre 200 - 900 m de altitude, sempre abundande onde há  rochas   basálticas. No planalto arenítico é muito menos frequente, não  aprecia   frio nem umidade excesivos; gosta de calor e pluviosidade.
No    Brasil , vegeta desde PE-BA à Região da Missões no RS, no PR é mais    frequente entre 200 - 900 m de altitude, sempre abundande onde há  rochas   basálticas. No planalto arenítico é muito menos frequente, não  aprecia   frio nem umidade excesivos; gosta de calor e pluviosidade.
Para    se ter uma idéia da abudância dessa espécie no passado, é preciso    visitar os Parques do Iguaçu, o brasileiro e o argentino, onde a espécie    é onipresente. Abundam  nas perobas-rosas  dominantes  no dossel desse tipo de    floresta, onde ainda são vistas em enormes touceiras.

São    também abundantes, nas matas preservadas da reserva de Jussara-Pr,  ainda podem ser vistas com frequencia no Vale do Ivaí. O Parque   Estadual  de Villa Rica do Espirito Santo em Fênix-PR, apresenta suas    antiquíssimas figueiras cravejadas dessa espécie. Também as perobas da     Reserva da  Mata do Godoy e da UEL, em Londrina , são hospedeiras da Miltonia flavescens.

Foi a primeira orquídea que coletei no PR, em Corumbataí do Sul, região serrana doVale do Ivaí, onde a espécie é comum. Cultiva-se melhor em forquilhas de árvores vivas, em cascas de árvores mortas, em vasos ocorre o excesso de umidade, as raízes finas dessa espécie apoderecem, aprecia muito a ventilação e a claridade. Cativa apenas pela farta e pujante floração primaveril, não apresenta qualquer traço de perfume e a cor bege-palha das flores é pouco atrativa. Hibridada com Brassia torna-se mais interessante, as flores se dispõem melhor no rácimo, são mais elegantes e principalmente bem perfumadas.
II) Maxillaria chrysantha - Alliance :
Uma espécie que há muitos anos procuro identificar corretamente,  porém sem    muito segurança de diagnóstico; a espécie ocorre  abundantemente no PR - mais ou menos  acompanhando a espécie anterior  por sobre as perobas, é   especificamente essa forma  mostrada nas  fotos  logo abaixo. Também existe desde MG e RJ até o RS e Argentina,  sendo de grande área de dispersão; lembra vagamente a M. picta, esta só vegeta na Serra do Mar e planaltos próximos. A diferenciação entre essa espécie e M. picta é feita até sem flores, em picta  os pseudobulbos são bem juntos e nessa espécie são pouco mais  separados. Apresenta belas flores amarelo ouro, bem abertas e com  segmentos florais  levemente marginados, coluna fortemente pigmentada,  pétalas ponteagudas e de folhas largas e curtas.



O designado nos livros botânicos como M. chrysantha é especificamente a planta na sequência de fotos imediatamente abaixo; estas não me parece exatamente iguais às de cima, embora o labelo e a coluna sejan bem similares. A ocorrente no PR , mostrada acima, me parece uma variação dessa, ou até mesmo uma outra espécie.

 Acima um exemplar de Maxillaria oriundo das proximidades de Curitiba e semelhante à descrição de M. chrysantha existente no livro Orchidaceae Brasiliensis de Pabst&Dungs. Parece uma variedade se comparado com exemplares de chrysantha do interior do estado.
Acima um exemplar de Maxillaria oriundo das proximidades de Curitiba e semelhante à descrição de M. chrysantha existente no livro Orchidaceae Brasiliensis de Pabst&Dungs. Parece uma variedade se comparado com exemplares de chrysantha do interior do estado.
Atualmente há uma nova interpretação designando essa espécie acima retratada de M. porphyrosteles. Embora as flores, repito, sejam muito diferentes da designada por Pabst como sendo M. porphyrosteles.
 Recentemente adquiri de um orquidário uma "porphyrosteles", esta mostrou-se
Recentemente adquiri de um orquidário uma "porphyrosteles", esta mostrou-se uma planta de porte e flores muito menores e quase idêntica a determinação
de Pabst para M. phoenicanthera. A dúvida tem fundamento !
Seria preciso verificar os tipos originais em herbário para solucionar a crescente confusão de nomes.
Tive dúvidas com relação a esse grupo de espécie, embora não veja uma outra opção mais apropriada para determinar a população paranaense do que a tradicional "M. chrysantha". A maioria dos livros técnicos descrevem uma M. chrysantha diferenciada em relação a ocorrente no interior do PR. Como a área de dispersão é imensa, normalmente espera-se a ocorrência de variações regionais. Muito antes , cheguei a pensar que fossem M. rupestris, porphyrosteles ou phoenicanthera, mas como se pode ver nas últimas fotos da sequência abaixo, não são nem parecidas.





Acima M. chrysantha sem as margens pigmentadas numa sequência de exemplares de forma típica e compatível com as descrições botânicas consultadas.


Acima mostramos as M. rupestris e M. porphyrosteles,  também paranaenses, porém bem menos frequentes. São exemplares com flores idênticas às respectivas descrições existente no livro Orchidaceae Brasiliensis de Pabst&Dungs.


 Na internet localizei outra " M. phoenicanthera ",  mostrada acima, a espécie é registrada em literatura como sendo paranaense, porém menos frequente, nunca vi nenhuma delas por aqui. Ostentando  suas pintas até por baixo da própria coluna, não se parece com a  população em questão nesse trecho do artigo, sendo muito obviamente uma espécie mais próxima de M. picta, portanto no grupo das espécies de porte maior. A confusão que vi está descrita em detalhes !
Na internet localizei outra " M. phoenicanthera ",  mostrada acima, a espécie é registrada em literatura como sendo paranaense, porém menos frequente, nunca vi nenhuma delas por aqui. Ostentando  suas pintas até por baixo da própria coluna, não se parece com a  população em questão nesse trecho do artigo, sendo muito obviamente uma espécie mais próxima de M. picta, portanto no grupo das espécies de porte maior. A confusão que vi está descrita em detalhes !
A verdadeira M. chrysantha,  aquela botanicamente registrada, tem pseudobulbos distanciados  entre si, as folhas  longas e   com menos de 1 cm de  largura, é uma espécie bem menos atrativa do que a ocorrente e típica do PR. Secas numa exsicata botânica num arquivo,   talvez  tornem-se indistintas, mas  as fotos de exemplares vivos, podem mostrar as diferenças dessas  "variedades". Pesquisando esta circustância de dúvida, descobri como autor da descrição original de M. chrysantha, o renomado botânico Barbosa Rodrigues, também descreveu uma outra espécie, a M. serotina, esta  foi considerada como sendo similar,portanto sinônimo da  M. chrysantha. Após ver a foto  da planta serotina me convenci ser a espécie é mesmo variável, se tiver o labelo similar é a M. chrysanta e ficamos apenas nesse parâmetro. A M. serotina  tem coluna sem pigmento, só na cápsula das políneas há alguma cor,  apresenta a mesma margem pigmentada e nos segmentos florais o mesmo tom  dourado de cor, as planta são de fato vegetativamente idênticas.  Se não solvi a dúvida pelo menos equacionei-a, mostrando o quadro confuso. Meu parâmetro foi a obra Orchidaceae  Brasiliensis de Pabst & Dungs,  ainda é onde há informações mais  confiáveis.


É uma linda planta, fácil de cultivar em vasos ou em árvores vivas, floresce vigorosamente e é perfumada. É muito comum no Parque do Iguaçu e no na Região de Cascavel do PR , no dossel de perobas-rosas é quase obrigatória, ocorrendo também nas florestas com araúcarias, na faixa dos 600 - 800 m de altitude, onde a Miltonia flavescens não mais ocorre. Forma grandes touceiras e seu cultivo é mesmo bem fácil, resistem tanto ao frio como ao calor sazonal, apreciando mais a umidade nebular.
III) Oncidium flexuosum :



É uma linda planta, fácil de cultivar em vasos ou em árvores vivas, floresce vigorosamente e é perfumada. É muito comum no Parque do Iguaçu e no na Região de Cascavel do PR , no dossel de perobas-rosas é quase obrigatória, ocorrendo também nas florestas com araúcarias, na faixa dos 600 - 800 m de altitude, onde a Miltonia flavescens não mais ocorre. Forma grandes touceiras e seu cultivo é mesmo bem fácil, resistem tanto ao frio como ao calor sazonal, apreciando mais a umidade nebular.
III) Oncidium flexuosum :

Ocorre    em boa parte do território brasileiro, desde o PA e PE até o RS,  sendo   uma planta muito comum e geralmente cultivada em todos os  lugares onde  é  nativa. Até mesmo na fria Curitiba , é comum nos  quintais, onde é  medra  junto com as grandes touceiras de Dendrobium nobile, em xaxins vivos .



 Ocorre    no litoral e nos planaltos paranaenses, sempre em locais de  verões    mais quentes, portanto em matas sem araucárias. As plantas do  litoral    produzem inflorescências  menores e  são  vegetativamente  pequenas,  as   de altitudes maiores  são de porte mais avantajado. Existem  comumente    nas matas serranas  do Vale da Ribeira e nas matas de  galeria dos rios    do planalto basáltico, sendo mais comuns no Vale do  Ivaí. Chamados de   pingo-de-ouro, ou quando maiores, chuva-de-ouro, são  plantas comuns em   jardins paranenses.
Ocorre    no litoral e nos planaltos paranaenses, sempre em locais de  verões    mais quentes, portanto em matas sem araucárias. As plantas do  litoral    produzem inflorescências  menores e  são  vegetativamente  pequenas,  as   de altitudes maiores  são de porte mais avantajado. Existem  comumente    nas matas serranas  do Vale da Ribeira e nas matas de  galeria dos rios    do planalto basáltico, sendo mais comuns no Vale do  Ivaí. Chamados de   pingo-de-ouro, ou quando maiores, chuva-de-ouro, são  plantas comuns em   jardins paranenses.
IV) Oncidium longicornu:



Esse pequeno e discreto Oncidium,  apresenta um pequeno chifre de rinoceronte no labelo,   é muito encontrado e mesmo ainda abundante, nas Florestas com   Araucárias, logo não aprecia calores tropicais. Vegeta do RJ e MG, até o  RS, em altitudes variadas; no PR prefere acompanhar as matas   fluviais  , ou o alto dos espigões onde ocorre mais neblina, sempre dos   500 aos  1200 m de altitude. 
Onde ocorre , forma grandes populações, medra desde Curitiba, Região de Guarapuava ,União da Vitória e principalmente no Sudoeste do PR, de onde passa para a vizinha Argentina.

São   plantas de fácil cultivo se amarradas em árvores vivas ( vão  bem  em   cítricos ) ,   também adaptam-se a substrato de fibras em vasos bem  drenados; fenecem com o  calor  constante de mais de 30°C   aliado  à   falta de sereno ou neblina noturna.O. longicornu
 


Acima o típico Oncidium longicornu, com seu labelo pouco expandido e bem truncado ( acaba de repente ), os lóbulos laterais do labelo formam um ângulo reto com a porção maior desse segmento floral, a espécie tem flores bem discretas e de colorido singelo; espécie de ampla distribuição.

 Pouco vistoso é uma curiosidade botânica 

Acima o típico Oncidium longicornu, com seu labelo pouco expandido e bem truncado ( acaba de repente ), os lóbulos laterais do labelo formam um ângulo reto com a porção maior desse segmento floral, a espécie tem flores bem discretas e de colorido singelo; espécie de ampla distribuição.
O. macronyx em Missiones - Argentina
Acima: Oncidium macronix apresenta um labelo mais largo, bem projetado e arredondado, os lóbulos laterais do labelo formam um ângulo obtuso com a porção maior desse segmento floral. O chifre é maior e bem mais afinado na sua extremidade. Parece ou lembra, um híbrido de O. longicornu com O. concolor, ou com O. bifolium. O. macronix deve existir também no Sudoeste do PR, já coletei "lindos" exemplares de O. longicornu por lá, mas eram na verdade o O. macronix , ou um híbrido intermediário entre os dois ( a foto acima é bem inermediária ) , fica o registro.
V) Oncidium longipes :

Bastante  comum em todo território paranaense entre os 500 - 1000 m de altitude,  aparece esporadicamente, não chega  normalmente a formar grandes  populações. Onde há Baptistonias pode haver  também essa espécie poe perto,  medra nos interiores das matas, onde a  luz é menor e a umidade é  mais homogênea e constante.

Planta  de beleza discreta, forma graciosas touceirinhas, medra  desde de MG até o RS, tanto no  litoral como no interior, onde houver matas úmidas; adentrando  também na  Argentina. É de distribuição  descontínua , mas é de vasta ocorrência no  PR,  talvez pelas poucas  flores e pelo tamanho médio, não seja muito  cultivado. Recentemente  o O. croesus, uma espécie muito próxima, passou a ser produzida comercialmente e vendida em floriculturas.
 No Paraná o O. longipes só pode ser confundido com o O. cogniauxianum, este apresenta um labelo bem mais estreitado, formando um ístmo, mas essa segunda  espécie é  bem menos comum além de ser raramente cultivada.
No Paraná o O. longipes só pode ser confundido com o O. cogniauxianum, este apresenta um labelo bem mais estreitado, formando um ístmo, mas essa segunda  espécie é  bem menos comum além de ser raramente cultivada.

 No Paraná o O. longipes só pode ser confundido com o O. cogniauxianum, este apresenta um labelo bem mais estreitado, formando um ístmo, mas essa segunda  espécie é  bem menos comum além de ser raramente cultivada.
No Paraná o O. longipes só pode ser confundido com o O. cogniauxianum, este apresenta um labelo bem mais estreitado, formando um ístmo, mas essa segunda  espécie é  bem menos comum além de ser raramente cultivada.
Amarrado  em árvores vivas , costuma  enraizar bem, se adubado e hidratado com  frequência , prospera logo,  aprecia a sombra clara sem sol direto,  exceto pela manhã.
VI) Baptistonias - Alliance :
 A enorme variedade de formas, fez das Baptistonias  um assunto melindroso, restringindo -me exclusivamente às espécies do  PR, tento compilar e  resumir um quadro complicado de ocorrências.
A enorme variedade de formas, fez das Baptistonias  um assunto melindroso, restringindo -me exclusivamente às espécies do  PR, tento compilar e  resumir um quadro complicado de ocorrências.
As   espécies desse gênero existem em grande frequência em todos os biomas    florestais paranaenses, geralmente onde ocorrem, apresentam-se em    populações bem significativas. são por isso muito importantes e então as  dispus de forma especial nese artigo. As espécies de Baptistonia  são   muito variáveis e  parecidas entre si, sua área de dispersão se    sobrepõe,  híbridos  naturais podem ocorrem, sempre houve muita  confunsão na sua classificação. Muitas das descrições são   antigas e  informam poucos  detalhes, pois quando descritas não se   conheciam  outras espécies e não  era necessário esclarecer muitas de   suas  características para  reconhecê-las. A maioria dessas antigas    exsicatas  e  descrições originais estão na Europa,  dificultando seu estudo, principalmente   porque diversas das suas  características são claramente visíveis em   flores  vivas, mas  perdem-se quando secas e prensadas. A variedade de indivíduos observados no quadro natural   dificulta muito  a  definição dos limites morfológicos de cada espécie, gerando  confusões  imensas. Publicou-se recentemente  uma revisão cuidadosa desse gênero,   apresentamos as  espécies  conforme as informações dispostas nesse valoroso trabalho  abaixo citado, ao contrário da barafunda feita com as Cattleyas,  usou com sucesso a distinção por DNA, não para criar mais confusão, mas  para ordenar, inquestionavelmente, o caos de informações visuais contraditórias existente.
Em  certas espécies  as diferenças são sutis e dentro de um quadro de  grande variabilidade natural , mesmo conhecedores  experimentados teriam   dificuldades em classificá-las corretamente.  A  causa   dessa dificuldade deve estar na miscigenação natural, derivada da vasta distribuíção  geográfica. Como ocorre nas muitas e igualmente  complicadas Laelias rupícolas -   uma grande maioria das espécies descritas florescem   na   mesma época, originando populações de indivíduos amiscigenados.  Talvez estivessem melhor estabelecidas como  integrantes   de um complexo de espécies crípticas - superespécies. Característica desse grupo é a enorme variação de cor e  de tipos próximos de calosidades, hibridando-se em sucessão e criando  múltiplas  formas intermediárias. Meu resumo prático e as fotos  marcantes das espécies do PR , foram baseados em: Phylogeny  and evolution of Baptistonia (Orchidaceae, Oncidiinae) based on  molecular analyses, morphology and floral oil evidences- Guy R. Chiron  et all.
 Baptistonia híbrida ( echinata x sarcodes  ) em primeira floração na nossa coleção ! Amplie a foto e veja a  planta interessante. Todavia estão sujeitas à "maldição  dos híbridos de oncidiuns  brasileiros": florescem uma vez lindamente e depois fenecem sem nunca  mais brotar. Os hibridadores experientes conhecem as nossas espécies,  ao contrário das mexicanas e centro-americanas,  apresentam esse problema, logo desaparecem das coleções os lindos híbridos de: O. crispum, marshallianum, zappi, praetextum, forbesii, sarcodes, varicosum e outra jóias da nossa flora.
Baptistonia híbrida ( echinata x sarcodes  ) em primeira floração na nossa coleção ! Amplie a foto e veja a  planta interessante. Todavia estão sujeitas à "maldição  dos híbridos de oncidiuns  brasileiros": florescem uma vez lindamente e depois fenecem sem nunca  mais brotar. Os hibridadores experientes conhecem as nossas espécies,  ao contrário das mexicanas e centro-americanas,  apresentam esse problema, logo desaparecem das coleções os lindos híbridos de: O. crispum, marshallianum, zappi, praetextum, forbesii, sarcodes, varicosum e outra jóias da nossa flora.
Apenas duas ou três das espécies de Baptistonias  são comuns no PR, as outras  são mais raras ou restritas à Serra do  Mar, também serão abordadas em função da clássica dificuldade de  determinação de espécies dentro desse grupo.
Espécies ocorrentes no PR:
Baptistonia albinoi
Distribuição : PR- SC- RS .
Registro    de Ocorrência no PR: Morretes, Campina Grande do Sul, Piraquara,   Quitandinha, Lapa, São Jerônimo da Serra e Tres Barras do PR. É  frequente nos capões de mata da região do Campos Gerais no Segundo  Planalto do PR.



 Acima a Baptistonia albinoi.
Acima a Baptistonia albinoi.A espécie em questão é muito similar a outras, por isso, amplamente confundida com as B. x cruciata e B. x riograndensis, são ambas populações naturais híbridas não existentes no PR.
Realmente é uma espécie muito pouco conhecida, poucas citações em todos os lugares. Até mesmo no melhor compêndio já publicado sobre orquídeas brasileiras, o Orchidacae Brasiliensis de Pabst& Dungs, a B. albinoi ( Oncidium albinii ) é estranha e totalmente ignorada nessa obra, dada apenas como do PR e sem nenhuma ilustração. Nesse último e valoroso livro há erros crassos com relação a esse grupo, lá - apenas no livro e não na realidade - alguns desenhos e ilustração são dúbios, então a B. cornigera e a cruciata parecem serem indistintas, a B. pubes e a fimbriata também não se diferenciam satisfatoriamente.
 Acima a verdadeira Baptistonia x cruciata  - População natural híbrida restrita à Serra do Mar no RJ e SP - dada  como existente no interior do PR, por muitas décadas. As calosidades e o  tamanho do labelo muito diferentes de B. albinoi.
Acima a verdadeira Baptistonia x cruciata  - População natural híbrida restrita à Serra do Mar no RJ e SP - dada  como existente no interior do PR, por muitas décadas. As calosidades e o  tamanho do labelo muito diferentes de B. albinoi. Acima a Baptistonia x riograndensis    - População natural híbrida restrita à Serra do Mar e interior do RS -  também erroneamente reportada  como nativa do PR. As calosidades são  diferentes mas as abas largas do labelo são parecidas.
Acima a Baptistonia x riograndensis    - População natural híbrida restrita à Serra do Mar e interior do RS -  também erroneamente reportada  como nativa do PR. As calosidades são  diferentes mas as abas largas do labelo são parecidas.Baptistonia cornigera
Distribuição : ES-MG-RJ- SP-PR- SC- RS - Argentina e Paraguay.
Registro   de Ocorrência no PR: Campo Mourão, Quedas do Iguaçu, Região do Parque   Nacional do Iguaçú, Medianeira,  Toledo, São Jorge D'Oeste, São  Jeronimo  da Serra, Campo Largo, São José dos Pinhais, Guaraqueçaba e  Paranaguá.
Prefere locais mais quentes, até os 500m de altitude, em florestas sombrias, a floração ocorre entre DEZ e MAR.
Prefere locais mais quentes, até os 500m de altitude, em florestas sombrias, a floração ocorre entre DEZ e MAR.



 É  espécie  de grande distribuição e frequência no interior das matas,  geralmente em árvores finas  em baixa altura, de 1 - 3 m do chão. É de  fácil reconhecimento visual,  geralmente suas flores tende para o  amarelo claro, o labelo tem poucos  calos, além dos característicos  cornos do lado do ístimo, estes deram  nome a espécie.
É  espécie  de grande distribuição e frequência no interior das matas,  geralmente em árvores finas  em baixa altura, de 1 - 3 m do chão. É de  fácil reconhecimento visual,  geralmente suas flores tende para o  amarelo claro, o labelo tem poucos  calos, além dos característicos  cornos do lado do ístimo, estes deram  nome a espécie.
É a Baptistonia das terras quentes, inclusive ocorre nas baixadas do Litoral do PR, mas é preponderantemente interiorana das terras mais baixas, da região das perobas.
Os   braços curtos bem frontais, saindo da coluna, bem ao lado do estigma,  são  característicos; as calosidades não avaçam além do início do   ístimo do labelo.
Abaixo a Baptistonia amicta, esta deve ser um híbrido natural , entre B. cornigera e B. sarcodes,  poderia também ocorrer no PR, porém não há registros confirmativos.
Baptistonia leinigii
Distribuição : Endêmica da Região das Serras do Cadeado e dos Mulatos - PR.
Registro de Ocorrência no PR: Ortigueira, Ventania e região
A Baptistonea leinigii é exclusivamente paranaense, a espécie é rara e mal conhecida do público em geral, restrita geograficamente e ameaçada de extinção, descrita por Guido Pabst em 1972, e registrada oficialmente apenas para os Municípios de Ventania e Ortigueira. Achava, antes da pesquisa desse artigo, ser uma espécie da Serra do Mar, não imaginava-a medrando no interior, lá os endemismos praticamente não existem.
A Baptistonea leinigii é exclusivamente paranaense, a espécie é rara e mal conhecida do público em geral, restrita geograficamente e ameaçada de extinção, descrita por Guido Pabst em 1972, e registrada oficialmente apenas para os Municípios de Ventania e Ortigueira. Achava, antes da pesquisa desse artigo, ser uma espécie da Serra do Mar, não imaginava-a medrando no interior, lá os endemismos praticamente não existem.
 Floresce  no verão-outono, entre FEV-MAI, prefere as altitudes de 500 a 1000   m,  o habitat é o característico do grupo: interior de matas úmidas e  em   árvores ou cipós lenhosos e finos. Como todas as espécies do gênero é  bastante , como demonstram as fotos.
Floresce  no verão-outono, entre FEV-MAI, prefere as altitudes de 500 a 1000   m,  o habitat é o característico do grupo: interior de matas úmidas e  em   árvores ou cipós lenhosos e finos. Como todas as espécies do gênero é  bastante , como demonstram as fotos. Rara   de se ver e fácil de se determinar, o labelo é bem característico, não   deveria dizer isso, mas depois de estudar essa confusão toda de  espécies  tão parecidas ,vou me permitir um comentário totalmente  instintivo, essa espécie me lembra um hipotético híbrido de B. albinoi com B. sarcodes, espécies  existentes naquela região. As calosidades similares e a mesma  característica de apresentarem os lóbulos laterais do labelo muito  largos e desenvolvidos, indicam sera B. leinigii bastante próxima à  B. brieniana ( antigo Oncidium verrucosissimum  ).  As calosidades leinigii são variáveis, as  que estão fotografadas neste artigo nem de longe lembram as descritas  por Pabst no trabalho original, essa grande variação numa área de ocorrência mínima claramente indica hibridação. Por outro lado, essa  espécie paranaense apresenta flores de muito maior porte,  em relação ao  restante  do grupo simpátrico, nesse caso, poderia então ser considerada uma  variedade mais oriental, talvez poliplóide, de B. brieniana, espécie de distribuíção exclusivamente paraguayo-argentina. O tamanho avantajado das flores de leinigii nos remete à B. sarcodes, cuja as flores são de porte maior .
Rara   de se ver e fácil de se determinar, o labelo é bem característico, não   deveria dizer isso, mas depois de estudar essa confusão toda de  espécies  tão parecidas ,vou me permitir um comentário totalmente  instintivo, essa espécie me lembra um hipotético híbrido de B. albinoi com B. sarcodes, espécies  existentes naquela região. As calosidades similares e a mesma  característica de apresentarem os lóbulos laterais do labelo muito  largos e desenvolvidos, indicam sera B. leinigii bastante próxima à  B. brieniana ( antigo Oncidium verrucosissimum  ).  As calosidades leinigii são variáveis, as  que estão fotografadas neste artigo nem de longe lembram as descritas  por Pabst no trabalho original, essa grande variação numa área de ocorrência mínima claramente indica hibridação. Por outro lado, essa  espécie paranaense apresenta flores de muito maior porte,  em relação ao  restante  do grupo simpátrico, nesse caso, poderia então ser considerada uma  variedade mais oriental, talvez poliplóide, de B. brieniana, espécie de distribuíção exclusivamente paraguayo-argentina. O tamanho avantajado das flores de leinigii nos remete à B. sarcodes, cuja as flores são de porte maior .




 Um raro exemplar de B. leinigii  em bom registro fotográfico, as flores são grandes para o gênero e  a  espécie parece ao meus olhos como sendo uma população híbrida  estabilizada de uma Baptistonia hibridada com um outro Oncidium. B. sarcodes apresenta calos característicos da Seção Crispae dos Oncidiuns, provavelmente também tenha origem em cruzamentos de um passado distante.
Um raro exemplar de B. leinigii  em bom registro fotográfico, as flores são grandes para o gênero e  a  espécie parece ao meus olhos como sendo uma população híbrida  estabilizada de uma Baptistonia hibridada com um outro Oncidium. B. sarcodes apresenta calos característicos da Seção Crispae dos Oncidiuns, provavelmente também tenha origem em cruzamentos de um passado distante. Acima a B. brieniana, uma espécie paraguayo-argentina,  embora separada geograficamente, parece bastante correlacionada à rara B. leinigii, os labelos apresentam disposições muito similares, ou são populações separadas ou são ambas híbridas.
Acima a B. brieniana, uma espécie paraguayo-argentina,  embora separada geograficamente, parece bastante correlacionada à rara B. leinigii, os labelos apresentam disposições muito similares, ou são populações separadas ou são ambas híbridas.Baptistonia lietzei
Distribuição : MG- SP- RJ- PR - Paraguay
Registro   de Ocorrência no PR: Campina Grande do Sul, Sengés, Castro,  Ortigueira,  Maringá, Campo Mourão, Tuneiras do Oeste, Cianorte, Fênix e  Vale do  Ivaí, Guaíra e Região.
É a mais comum das espécies encontradas no PR
Substitui a B. cornigera   quando a altitude passa dos 500-.600 m, sendo muitas mais   frequente  no PR do que aquela a quem substitui;  em vários locais, onde  há transição climática e de altitude, as duas espécies  vegetam juntas  por vezes, como no Vale do Ivaí.  Na região do  arenito caiuá: em  Umuarama, Guaíra e no Paraguay, existe a subespécie guairensis, esta  medra em matas com perobas, região de clima mais quente. Nas   florestas com araucária é a espécie mais comum do gênero e aparece   normalmente  em grandes populações, até  no máximo 1.200m de altitude,  sempre não muito  alta em relação ao chão e em cipós lenhosos ou árvores  finas,  nas matas mais sombrias. Se vc achar uma Baptistonia no interior do PR, será muito provavelmente uma B. lietzei, em segunda hipótese seria  uma B. cornigera,  aposto em  90% as chances de ser uma ou outra. Floresce de SET a DEZ e  há  grande variação de cor nas flores não devendo ser esse critério  muito significativo na tentativa de identificação;






 Em  aspecto é próxima à B. pubes, espécie restrita  ao RJ,  a B. lietzei do PR também é sistematicamente confundida com a B. riograndensis,  espécie também não  reportada para o estado. Concluimos ser a B. lietzei é uma espécie morfologicamente muito variável , dando margem para esses recorrentes erros de determinação.
Em  aspecto é próxima à B. pubes, espécie restrita  ao RJ,  a B. lietzei do PR também é sistematicamente confundida com a B. riograndensis,  espécie também não  reportada para o estado. Concluimos ser a B. lietzei é uma espécie morfologicamente muito variável , dando margem para esses recorrentes erros de determinação. A  principal característica morfológica para o reconhecimento  dessa  espécie, são os lóbulos  laterais do labelo , estes são estreitados,  cerificados e robustecidos , mais parecem dois chifres  calosos saindo  por baixo do ístimo do labelo. À primeira vista parecem ser dois os  pares de chifres calosos, um menor atrás e um maior na frente, mas os  maiores não são  calosidades típicas, mas sim os lóbulos laterais do  labelo. Somente a B. pubes  do RJ  tem padrão similar, nas outras espécies paranaenses os lobulos  laterais  são maiores ou menores , mas sempre  planos. Embora suas calosidades  variem de planta para planta, às vezes  se alongam e por isso afinam,   dão então a impressão de serem semelhantes às do grupo da B. albinoi.  Portanto são melhor reconhecidas, porque tendem a apresentar três  segmentos seqüenciais de calosidades diferentes, conforme o esquema  floral acima disposto O esquema gráfico mostra, erroneamente, um labelo mais curto em relação aos visíveis nas fotos , de fato são  bem mais alongados. O "capacete" formado pela sépala dorsal, por sobre o  labelo, também é outro excelente indicativo para a distinção dessa  espécie entre as Baptistonias paranaenses.
A  principal característica morfológica para o reconhecimento  dessa  espécie, são os lóbulos  laterais do labelo , estes são estreitados,  cerificados e robustecidos , mais parecem dois chifres  calosos saindo  por baixo do ístimo do labelo. À primeira vista parecem ser dois os  pares de chifres calosos, um menor atrás e um maior na frente, mas os  maiores não são  calosidades típicas, mas sim os lóbulos laterais do  labelo. Somente a B. pubes  do RJ  tem padrão similar, nas outras espécies paranaenses os lobulos  laterais  são maiores ou menores , mas sempre  planos. Embora suas calosidades  variem de planta para planta, às vezes  se alongam e por isso afinam,   dão então a impressão de serem semelhantes às do grupo da B. albinoi.  Portanto são melhor reconhecidas, porque tendem a apresentar três  segmentos seqüenciais de calosidades diferentes, conforme o esquema  floral acima disposto O esquema gráfico mostra, erroneamente, um labelo mais curto em relação aos visíveis nas fotos , de fato são  bem mais alongados. O "capacete" formado pela sépala dorsal, por sobre o  labelo, também é outro excelente indicativo para a distinção dessa  espécie entre as Baptistonias paranaenses.
Baptistonia sarcodes
Distribuição : MG- RJ- SP-PR.
Registro   de Ocorrência no PR: Apucarana, Tamarana, Ortigueira, Ribeirão do   Pinhal, Jaguariaíva, Tibagi, Norte Pioneiro e Região do Itararé,   Curiúva.

Normalmente  não passa dos 500 m de altitude e floresce entre  OUT e DEZ. É muito  usada em hibridação pela sua beleza, é de longe a mais atrativa do  gênero e aparentemente próxima ao grupo dos Oncidium crispum,  praetextum e forbesii, este  grupo apresenta os mesmos dois calos obovóides presente em B. sarcodes; parece um híbrido de Baptistonia ssp. com alguma espécie clássica de Oncidiuns dessa seção. Desse mesmo  grupo  herdou a beleza e o tamanho maior, tanto do porte como o das flores.
 Acima o Oncidium praetextum exemplifica bem a similaridades nas calosidades, no porte e na cor com a B.  sarcodes. Abaixo uma boa sequência de fotos mostrando a forte variação  de colorido nas flores da Baptisonia sarcodes.
Acima o Oncidium praetextum exemplifica bem a similaridades nas calosidades, no porte e na cor com a B.  sarcodes. Abaixo uma boa sequência de fotos mostrando a forte variação  de colorido nas flores da Baptisonia sarcodes.





 
  Como  é normal no gênero, as flores variam muito de cor, não há uma  exatamente  uma igual a outra, são flores e plantas grandes, nos permitindo desconfiar ainda mais de hibridações naturais num  passado distante.   Destoando fortemente da beleza menor das outras espécies do gênero , essa talvez  seja a mais bela das orquídeas do interior do Paraná !
Como  é normal no gênero, as flores variam muito de cor, não há uma  exatamente  uma igual a outra, são flores e plantas grandes, nos permitindo desconfiar ainda mais de hibridações naturais num  passado distante.   Destoando fortemente da beleza menor das outras espécies do gênero , essa talvez  seja a mais bela das orquídeas do interior do Paraná !




 
  Como  é normal no gênero, as flores variam muito de cor, não há uma  exatamente  uma igual a outra, são flores e plantas grandes, nos permitindo desconfiar ainda mais de hibridações naturais num  passado distante.   Destoando fortemente da beleza menor das outras espécies do gênero , essa talvez  seja a mais bela das orquídeas do interior do Paraná !
Como  é normal no gênero, as flores variam muito de cor, não há uma  exatamente  uma igual a outra, são flores e plantas grandes, nos permitindo desconfiar ainda mais de hibridações naturais num  passado distante.   Destoando fortemente da beleza menor das outras espécies do gênero , essa talvez  seja a mais bela das orquídeas do interior do Paraná !
Baptistonia venusta ( antigo Oncidium trulliferum )Distribuição : ES-RJ-SP-PR- SC-RS. ( apenas no Litoral e Serra do Mar )
Registro de Ocorrência no PR: Guaratuba, Paranaguá, Antonina, Morretes e Guaraqueçaba, Cerro Azul e Vale do Ribeira.
_jpg.jpg) Medra  no mesmo habitat  característico desse grupo, floresce de OUT até MAR e  ocorre mais  frequentemente entre 200 e 700 m de altitude. Forma belas e  graciosas  plantas. pseudobulbos bem maiores em relação ao normal nas espécies mais comuns e  típicas do gênero, quando cultivada nas condições requeridas, ajeita-se   bem nos vasos, não ficando entortada como muitas desse gênero.
Medra  no mesmo habitat  característico desse grupo, floresce de OUT até MAR e  ocorre mais  frequentemente entre 200 e 700 m de altitude. Forma belas e  graciosas  plantas. pseudobulbos bem maiores em relação ao normal nas espécies mais comuns e  típicas do gênero, quando cultivada nas condições requeridas, ajeita-se   bem nos vasos, não ficando entortada como muitas desse gênero.



 A   espécie é de matas ainda mais sombrias e úmidas do que as  espécies   anteriores, produz inflorescências densas cobrindo a planta com uma   nuvem de mosquinhas cor-de-ouro. É uma linda espécie da Serra do Mar,  os recentes  exames de DNA catapultaram-na da Seção Rostrata de Oncidium, para  o gênero Baptistonia.
A   espécie é de matas ainda mais sombrias e úmidas do que as  espécies   anteriores, produz inflorescências densas cobrindo a planta com uma   nuvem de mosquinhas cor-de-ouro. É uma linda espécie da Serra do Mar,  os recentes  exames de DNA catapultaram-na da Seção Rostrata de Oncidium, para  o gênero Baptistonia.

VII) Oncidium pumilum
Espécie muito comum por todo o país e também de frequência ampla no PR, vegeta da BA e MT, até o Uruguay e a Argentina. A espécie é de difícil cultivo em vasos, devendo ser cultivada em pedaços de madeira, na sombra.


 Com   suas folhas achatadas e suculentas, aparece sempre no interior   sombrio das florestas com araucárias, locais mais altos e mais frios,  o fator climático não lhe é limitante.
Com   suas folhas achatadas e suculentas, aparece sempre no interior   sombrio das florestas com araucárias, locais mais altos e mais frios,  o fator climático não lhe é limitante.
VIII) Leptotes unicolor - MG - PR - Argentina
Outra  espécie muito  comum no PR, chegando até as províncias de Missiones e  Entre-Rios na Argentina, distribui-se mais frequentemente pelas   florestas com araúcarias, sendo mais comum ainda nas proximidades de   cursos d'água. A espécie nao forma grandes populações, sendo vista  sempre espaçadamente, porém é amplamente distribuída em vários habitats paranaenses.



 As folhas  lembram as Brassavolas  e  formam plantas atrativas, com frequência as  flores não abrem  totalmente mantendo-se semi fechadas,  perdendo atratividade. Indica-se a mesma forma de cultivo da espécie anterior,  frequentemente são encontradas juntas nos habitats.
As folhas  lembram as Brassavolas  e  formam plantas atrativas, com frequência as  flores não abrem  totalmente mantendo-se semi fechadas,  perdendo atratividade. Indica-se a mesma forma de cultivo da espécie anterior,  frequentemente são encontradas juntas nos habitats.IX) Pleurothallis sonderana
Distribui-se  de MG até o RS, sendo de frequência muito alta nas  florestas com  araucárias, companheiro das duas espécies acima descritas,  entretanto  forma populações muito maiores . Durante a época de  floração, domina a  paisagem dessas áreas com suas flores amarelas e  folhas  semi-teretiadas.

 Adapta-se   bem ao cultivo em vasos plásticos com fibras e musgos, reunindo-se   vários indivíduos no mesmo vaso temos então uma linda toucerinha desse   simpático Pleurothallis, sendo uma das mais belas espécies do gênero, no PR só perde para a próxima espécie em beleza.
Adapta-se   bem ao cultivo em vasos plásticos com fibras e musgos, reunindo-se   vários indivíduos no mesmo vaso temos então uma linda toucerinha desse   simpático Pleurothallis, sendo uma das mais belas espécies do gênero, no PR só perde para a próxima espécie em beleza.
 Uma  espécie realmente abundante nas regiões mais frias do estado, é comum  nos três planaltos, em especial desde  Região Metropolitana de Curitiba  até Rio Negro, na Região de Irati e Guarapuava também é constante.
Uma  espécie realmente abundante nas regiões mais frias do estado, é comum  nos três planaltos, em especial desde  Região Metropolitana de Curitiba  até Rio Negro, na Região de Irati e Guarapuava também é constante.X) Pleurothallis recurva

É   uma graciosa planta-anã, muito ajeitada e bonita, prefere  ser  cultivada  em pedaços de  madeiras resistentes pendentes. É frequente por  todo o PR,  mas não se apresenta em grandes populações no habitat,   é do tipo mais espaçada, todavia na árvore  onde existe uma, deverão   existir  outras, para depois aparecerem bem mais distante.



Distribui-se   do ES e MG, até o RS, chegando também ao Ecuador, Peru, Bolivia e a  Argentina na fronteira com  PR e SC, gosta de altitude de mais de 800 -  1.100.m  Na minha opinião é uma das mais belas espécies desse genêro,   apresenta folhas coriáceas com caule pouco evidente, lembra em hábito   vegetativo, uma mistura de Sophronitis cernua com  O. pumilum.



 É   especialmente comum em Curitiba e região, vegeta em lugares úmidos   mas bem  ventilados, porém prefere as cascas mais secas de árvores de  médio  porte, sempre estabelecidos em altura de mais de três metros do  chão. Exemplares em cultivo, tratados com  pulverizações de água da  chuva e com caldo de torta de mamona decomposta,  bem diluído, logo se  instalam em  madeira dura. Sou fã dessa espécie,  acho-a muito elegante e  é uma das minhas preferidas.
É   especialmente comum em Curitiba e região, vegeta em lugares úmidos   mas bem  ventilados, porém prefere as cascas mais secas de árvores de  médio  porte, sempre estabelecidos em altura de mais de três metros do  chão. Exemplares em cultivo, tratados com  pulverizações de água da  chuva e com caldo de torta de mamona decomposta,  bem diluído, logo se  instalam em  madeira dura. Sou fã dessa espécie,  acho-a muito elegante e  é uma das minhas preferidas.
XI) Maxillaria juergensii e M. vitelliniflora - Alliance
Esse grupo de espécies, tradicionalmente abrigado no gênero Maxillaria e agora recolocado no novo gênero Christensonella,   tem como principal características o modo de crescimento e as folhas   com tendência a serem aciculadas, também as flores  pequenas e    campanuliformes são comuns ao grupo todo.
Crescem  de forma peculiar, enraízando  apenas na base das muitas sequências  verticalizadas de pequenos  pseudobulbos, por  fim formam uma densa  touceirinha. São as   chamadas espécies do " grupo da Maxillaria madida   ", existem pelo interior de vários estados brasileiros, sempre   vegetando em l matas de   galerias e locais com mais neblina, apreciando  maior exposição  à   iluminação e ventilação. Assim com maior umidade    conseguem germinar e crescer, além de sobreviver aos recorrentes    períodos de seca  tão comuns na área de distribuíção dessas   resistentes orquídeas.

Abaixo duas espécies de mesmo grupo, são registradas para o PR, porém são muito menos frequentes em relação às espécies com duas folhas aciculares por pseudobulbos, as desse grupo só apresentam uma única folha, sendo distintamente mais plana, esse caráter separa facilmente os dois grupos; as flores são muito parecidas.

Abaixo duas espécies de mesmo grupo, são registradas para o PR, porém são muito menos frequentes em relação às espécies com duas folhas aciculares por pseudobulbos, as desse grupo só apresentam uma única folha, sendo distintamente mais plana, esse caráter separa facilmente os dois grupos; as flores são muito parecidas.
 M. pachyphylla
M. pachyphylla M. plebeja
M. plebeja
Seu aspecto geral já mostra serem plantas capazes de resistir ao períodos secos, são uma antítese do modo vegetativo das Maxillarias   de matas úmidas.  O cultivo é relativamente fácil, gostam de   ventilação e claridade fortes  e de substrato capaz de criar uma base   relativamente mais úmida para suas raízes finas e tímidas. Vão bem em vasos de barro, ajeitando-se bem   nessa disposição e sobrevivendo por muitos anos,  devem ser adubadas nos   meses de crescimento e sempre pulverizadas com água da chuva. A maior problemática é a de identificação, na sequência vamos nos   esforçar para tentar explicar a confusão de determinação das espécies   paranaenses de flores amarelas.
Maxillaria vitelliniflora
Distribuição : RJ-MG-SP-PR-SC-RS

M. vitellinifolia exibe seu característico aspecto vegetativo de duas folhas aciculares bem finas por cada pseudobulbo, seu labelo é relativamente mais comprido e muito projetado fora das flores - do grupo, é a espécie muito disseminada e comum no PR.



Maxillaria vernicosa
Distribuição : RJ-MG-SP-PR-SC-RS
Espécie  muito parecida e largamente  confundida com a anterior, apenas por isso  é aqui considerada, são espécies próximas, podendo mesmo haver  hibridações entre ambas, gerando-se intermediários, estes ajudam a  confundir ainda mais o  que já não simples. As duas espécies foram  descritas pelo  histórico botânico Barbosa Rodrigues, é preciso  observação para separar as duas espécies   primas entre si.


 O labelo e as folhas são os primeiros diferenciais a serem usados para separar vernicosa de vitelliniflora.  As folhas dessa espécie  não são tão finas, são mais acanoadas do que  aciculares, o labelo não é  tão projetado, a flor é mais fortemente  campanulada, todos os segmentos florais são proporcionalmente mais  curtos e alargados, na espécie anterior são opostamente  mais alongados e estreitos.  Os labelos são diferente,  mais  alongado em vitteliniflora além de ter o halo mais escuro circundando as calosidades do centro do labelo, a flor de vernicosa é também maior e mais cerosa ou envernizada .
O labelo e as folhas são os primeiros diferenciais a serem usados para separar vernicosa de vitelliniflora.  As folhas dessa espécie  não são tão finas, são mais acanoadas do que  aciculares, o labelo não é  tão projetado, a flor é mais fortemente  campanulada, todos os segmentos florais são proporcionalmente mais  curtos e alargados, na espécie anterior são opostamente  mais alongados e estreitos.  Os labelos são diferente,  mais  alongado em vitteliniflora além de ter o halo mais escuro circundando as calosidades do centro do labelo, a flor de vernicosa é também maior e mais cerosa ou envernizada .

Maxillaria juergensii
Distribuição : SP-PR-SC-RS

 De   flores muito mais escuras e também com duas folhas por pseudobulbo,   essa espécie é muito mais fácil de ser identificada. Possui flores de   maior tamanho, surgindo em abundância , formando plantas muito   atrativas, as folhas são acanoadas e longas, mas não são  exatamente  finas como em vitelliniflora.
De   flores muito mais escuras e também com duas folhas por pseudobulbo,   essa espécie é muito mais fácil de ser identificada. Possui flores de   maior tamanho, surgindo em abundância , formando plantas muito   atrativas, as folhas são acanoadas e longas, mas não são  exatamente  finas como em vitelliniflora.
Essa espécie bastante  comum em cultivo, tanto quanto vitelliniflora, só pode ser confundida com outra espécie próxima, a M. acicularis ( ES-RJ-SP-MG ), também registrada para o PR, porém é muito mais rara por aqui.
A M. cogniauxiana ocorre bem mais esporadicamente no PR, pode  provocar alguma confusão, as flores de fato possuem cores muito  parecidas. Porém as flores, pseudobulbos e folhas, são bem diferenciadas  pelo seu  porte maior, as folhas são planas e os psudobulbos espaçados entre  si.


Acima a M. cogniauxiana.
XII) Bifrenaria harrisoniae MG-ES-RJ-SP-PR-SC-RS - Alliance
Espécie encontrada com frequência especial nas cuestas de  transição de altitude, onde há exposição de rochas areníticas no  segundo planalto paranaense, também ocorre nas paredes graníticas da  Serra do Mar. Sendo praticamente inexistente no interior do planalto  basáltico, onde quase não há rochas expostas,  demonstrando uma  notória tendência em ser rupícola.
 Acima a Bifrenaria harrisonae típica - a cor varia muito a forma não.
Acima a Bifrenaria harrisonae típica - a cor varia muito a forma não.
 B. tyrianthina é uma espécie próxima - sendo mais típica de MG -
 B. tyrianthina é uma espécie próxima - sendo mais típica de MG -e muito confundida com harrisonae, possui a cor mais purpúrea
e as inflorescências bem mais altas, além do cálcar (funil)
traseiro nas flores mais desenvolvido e evidente.
B. harrisonae pode  aparecer também como epífita, mas é normalmente registrada como  rupícola ou saxícola, forma colônias consideráveis em alguns locais onde  há afloramentos rochosos, apreciando a ventilação forte, a neblina constante e a  iluminação farta. É uma campeã de resistência e por isso mesmo se presta  ao cultivo.
Uma das espécies de maiores flores do interior do PR, além do porte ,também podemos acrescentar a durabilidade das flores, é vista frequentemente em exposições , geralmente em grandes exemplares cultivados em cestinhas de madeira totalmente abertas e ventiladas. É de fácil cultivo, para matá-la coloque-a num lugar bem quente, na sombra e molhe bastante, ela morrerá em poucos meses; precisa de clima ligeiramente mais seco do que as cattleyas, como suas raízes mais finas demonstram, necessitam de substrato ainda mais seco e arejado. Recomendo plantá-las em madeira dura ou em brita granítica misturada com musgo ou espuma escura bem picadinha.
Uma das espécies de maiores flores do interior do PR, além do porte ,também podemos acrescentar a durabilidade das flores, é vista frequentemente em exposições , geralmente em grandes exemplares cultivados em cestinhas de madeira totalmente abertas e ventiladas. É de fácil cultivo, para matá-la coloque-a num lugar bem quente, na sombra e molhe bastante, ela morrerá em poucos meses; precisa de clima ligeiramente mais seco do que as cattleyas, como suas raízes mais finas demonstram, necessitam de substrato ainda mais seco e arejado. Recomendo plantá-las em madeira dura ou em brita granítica misturada com musgo ou espuma escura bem picadinha.

 Apresenta  considerável variação floral, é uma espécie com ampla área de  distribuíção, muito famosa, sendo um clássico da orquidofília pelas  belas touceiras formadas em cultivo.
Apresenta  considerável variação floral, é uma espécie com ampla área de  distribuíção, muito famosa, sendo um clássico da orquidofília pelas  belas touceiras formadas em cultivo.
No PR só pode ser confundia, se florida, com a B. inodora, diferencia-se facilmente: inodora tem dois lóbulos ou cristas na calosidade do labelo e harrisonae apresenta três . Sem flor, também confunde-se com a B. tetragona, esta mais comumente epífita. B. tetragona é  mais robusta, embora forme touceiras não tão grandes,  tem folhas  maiores e mais pecioladas, os pseudobulbos são bem angulosos e  caracteristicamente geométricos,  é possivelmente uma das espécies de  mais belas plantas vegetativas entre as orquídeas do PR, aprecio-a muito, o labelo  não apresenta calosidades ou cristas e termina curto e arredondado.
Espécies de Ocorrência Ocasional no Interior Paranaense:
As  espécies anteriores tendem ainda a existir  onde a natureza paranaense  não foi muito perturbada e também são mais ou menos encontradas em  cultivo. As próximas espécies  consideradas não são tão amplamente distribuídas e  nem de frequência alta nas áreas de ocorrência. Sua existência no consideravelmente desmatado território paranaense, é ainda mais fragmentária ou então marcadamente regionalizada.  Para ver as próximas espécies na natureza é preciso procurá-las  bem,  ou já  saber onde ainda existem. Outras  ambém mostradas são frequentes, mas não se prestam ao cultivo orquidófilo por não adaptarem-se a este fim, ou por não terem apelo visual para isto.   Também frisamos e tentamos explicar os pontos de dúvida botânicos, na tentativa de auxiliar na sempre penosa identificação de exemplares  vindos da natureza. Fica então ressaltada essa transição de parâmetros, as espécies da Serra do Mar não fazem parte da proposta desse artigo.
XIII) Brassavola tuberculata - RJ e ES - Alliance
As Brassavolas   de folhas teretetiadas ( rabo-de-rato ), formam uma imensa confusão de   espécies , realmente de difícil compreensão, porque como todas as   orquídeas, são de grande variação morfológica e nesse caso fica difícil   se diferenciar espécies. As plantas são preferencialmente separadas em   espécies devido as suas diferenças florais; como as flores ficam menos   tempo expostas ao meio ambiente, a seleção natural age mais lentamente   sobre elas, portanto são um bom indício  de evolução e diferenciação.  No  caso desse gênero isso não funciona do mesma forma, existem espécies  de  Brassavolas em ambientes totalmente diferentes, em populações separadas geograficamente e com flores muito parecidas.


 B. tuberculata   só existe no RJ, é muito abundante na costa e de hábito sempre  rupícola, apresenta 1-2  flores por haste floral e folhas curtas, vegeta  exposta à insolação plena, porém refrigerada pelo vento  marítimo frio e  úmido. Levada para longe dessa ventilação, a temperatura aumenta muito e  então esturrica rapidamente sob o sol. É o vento sul frio e úmido que  lhe permite essa ousadia !
B. tuberculata   só existe no RJ, é muito abundante na costa e de hábito sempre  rupícola, apresenta 1-2  flores por haste floral e folhas curtas, vegeta  exposta à insolação plena, porém refrigerada pelo vento  marítimo frio e  úmido. Levada para longe dessa ventilação, a temperatura aumenta muito e  então esturrica rapidamente sob o sol. É o vento sul frio e úmido que  lhe permite essa ousadia !
 A Pedra do Leme em Copacabana é um habitat de grandes populações dessa espécie exclusivamente litorânea.
A Pedra do Leme em Copacabana é um habitat de grandes populações dessa espécie exclusivamente litorânea.
A primeira espécie descrita desse gênero foi a Brassavola tuberculata, como todos as outras espécies são muito parecidas, nos últimos anos houve uma super utilização desse nome, na tentativa de agregar todas as espécies difíceis de separar corretamente, sob o guarda-chuva do nome da espécie pioneira. No RJ , local de onde tuberculata foi descrita, existem duas perceptíveis espécies desse gênero, vegetando praticamente juntas, uma extremamente comum, cobrindo as grandes rochas graníticas e a B. perrini é a outra espécie e normalmente vegeta como epífita, mas também pode ser rúpicola, mas sempre dentro das matas e em ambiente mais protegido do céu aberto.
São facílimas de distinção até sem flores, perrinii tem folhas até 3x maiores que tuberculata e apresenta haste floral com tendência multifloral, a haste antiga e seca fica presa na planta, tuberculata apresenta uma ou duas flores em hastes curtas, também as folhas são curtas e normalmente bem avermelhadas pela insolação.


 B. tuberculata   só existe no RJ, é muito abundante na costa e de hábito sempre  rupícola, apresenta 1-2  flores por haste floral e folhas curtas, vegeta  exposta à insolação plena, porém refrigerada pelo vento  marítimo frio e  úmido. Levada para longe dessa ventilação, a temperatura aumenta muito e  então esturrica rapidamente sob o sol. É o vento sul frio e úmido que  lhe permite essa ousadia !
B. tuberculata   só existe no RJ, é muito abundante na costa e de hábito sempre  rupícola, apresenta 1-2  flores por haste floral e folhas curtas, vegeta  exposta à insolação plena, porém refrigerada pelo vento  marítimo frio e  úmido. Levada para longe dessa ventilação, a temperatura aumenta muito e  então esturrica rapidamente sob o sol. É o vento sul frio e úmido que  lhe permite essa ousadia ! A Pedra do Leme em Copacabana é um habitat de grandes populações dessa espécie exclusivamente litorânea.
A Pedra do Leme em Copacabana é um habitat de grandes populações dessa espécie exclusivamente litorânea.A primeira espécie descrita desse gênero foi a Brassavola tuberculata, como todos as outras espécies são muito parecidas, nos últimos anos houve uma super utilização desse nome, na tentativa de agregar todas as espécies difíceis de separar corretamente, sob o guarda-chuva do nome da espécie pioneira. No RJ , local de onde tuberculata foi descrita, existem duas perceptíveis espécies desse gênero, vegetando praticamente juntas, uma extremamente comum, cobrindo as grandes rochas graníticas e a B. perrini é a outra espécie e normalmente vegeta como epífita, mas também pode ser rúpicola, mas sempre dentro das matas e em ambiente mais protegido do céu aberto.
menos exposta e ao abrigo da insolação.
São facílimas de distinção até sem flores, perrinii tem folhas até 3x maiores que tuberculata e apresenta haste floral com tendência multifloral, a haste antiga e seca fica presa na planta, tuberculata apresenta uma ou duas flores em hastes curtas, também as folhas são curtas e normalmente bem avermelhadas pela insolação.
Na calha do Rio Paraná em território paranaenese, onde o clima é muito mais quente e seco, ocorre a Brassavola reginae, também conhecida como B. cebolleta , esta última parece bastante com a B. tuberculata. Espécie mais típica do Mato Grosso, Paraguay e Bolívia, apresenta a forma bem mais estrelada, mancha verde no labelo muito evidente, poucas flores 1 ou 2 por haste e tamanho de flolhas curto, devido a maior insolação do seu bioma natural. Porém o quadro morfológico pode modificar-se em cultivo em função das melhores condições de sobrevivência. Eu a considero uma boa espécie, fácil de ser determinada e com área de ocorrência delimitada, não havendo outras espécies do gênero na mesma região.
XIV) Capanemia superflua- ES e MG até o RS Argentina - Alliance


 Essa espécie de Capanemia   é a mais bela do gênero, é uma das espécies mais vistosa da flora   parananse, considero-a uma planta cujo o melhoramento e a hibridização   poderiam gerar novos caminhos. É planta de ocorrência ocasional no PR,   aparece por muitas regiões mais baixas, quentes e secas, porém sempre em  locais onde haja mais umidade ambiental, beira de rios ou locais onde  forma-se mais neblina ocasional.  Normalmente não é abundante e aparece  em pequenas populações espaçadas, a espécie  também é a maior do gênero,  este composto por plantas de porte muito  pequeno. Foi também  conhecida como C. uliaginosa, nome tido como sendo o correto por muito tempo, depois prevaleceu o atual.
Essa espécie de Capanemia   é a mais bela do gênero, é uma das espécies mais vistosa da flora   parananse, considero-a uma planta cujo o melhoramento e a hibridização   poderiam gerar novos caminhos. É planta de ocorrência ocasional no PR,   aparece por muitas regiões mais baixas, quentes e secas, porém sempre em  locais onde haja mais umidade ambiental, beira de rios ou locais onde  forma-se mais neblina ocasional.  Normalmente não é abundante e aparece  em pequenas populações espaçadas, a espécie  também é a maior do gênero,  este composto por plantas de porte muito  pequeno. Foi também  conhecida como C. uliaginosa, nome tido como sendo o correto por muito tempo, depois prevaleceu o atual.

As  plantas de cima, lindas touceiras dessa espécie, foram colocadas nas  cestinhas  em virtude de estarem em exposição, o substrato real pode ser  um vaso de cerâmica crua ou um pedaço de madeira dura. Capanemia superflua ( ES-RJ-MG-SP-PR-SC-RS e Argentina )  tem distribuição mais interiorana em vários estados, em cultivo gosta  de  substratos secos, indo bem em vasos de cerâmica com xaxim, pedrinhas  graníticas, pedaços de coxim sem tanino ( deixem de molho uma semana  trocando a água 3x ), tocos de madeira ou  cascas grossas ; lugares  claros e ventilados são os melhores, com fornecimento de  pulverizações de água da chuva pura a noite e com  fertilizantes nos  meses de crescimento. Durante o dia gostam de estar secas e iluminadas  pela luz da manhã. Reparem nas fotos: os substratos estão secos, mas  precisam ficam úmidos periodicamente, molhada demais em local pouco  ventilado termina por apodrecer as raízes,   por fim desidrata no meio  da umidade excessiva sem poder absorvê-la, assim essas espécies de  orquídeas interioranas acabam morrendo em cultivo.
As duas espécies mais comuns do gênero são C. micromera e C. thereziae,  a primeira tem porte minúsculo e é muito abundante nos locais onde  ocorre, a segunda é encontrada mais espaçadamente e numa área de  dispersão de abragência nacional, nas cidades e áreas próximas,  ocorre  estranha e mais comumente em nespereiras (Eriobotrya japonica),   onde chega a cobrir inteiramente os galhos mais finos.
 Cultivo de C. micromera estabelecida sobre uma muda de
Cultivo de C. micromera estabelecida sobre uma muda de
pitangueira plantada em vaso - é essa a solução !
A primeira espécie tem folhas teretetiadas e existe em todos os biomas paranenses, a segunda espécie tem folhas planas ocorre em locais mais altos e úmidos. Ambas são de dificílimo cultivo e só sobrevivem, com muita dificuldade e por pouco tempo, quando retiradas da natureza agarrdas com o substrato onde nasceram, fora dele fenecem em menos de um mês. São plantas de neblina e alta umidade à noite, não resistindo à falta desse estímulo.
 Cultivo de C. micromera estabelecida sobre uma muda de
Cultivo de C. micromera estabelecida sobre uma muda depitangueira plantada em vaso - é essa a solução !
A primeira espécie tem folhas teretetiadas e existe em todos os biomas paranenses, a segunda espécie tem folhas planas ocorre em locais mais altos e úmidos. Ambas são de dificílimo cultivo e só sobrevivem, com muita dificuldade e por pouco tempo, quando retiradas da natureza agarrdas com o substrato onde nasceram, fora dele fenecem em menos de um mês. São plantas de neblina e alta umidade à noite, não resistindo à falta desse estímulo.
 homenagem ao Dr. Gerth Hatschbach, do Herbário do Museu Botânico Municipal de Curitiba.
XV) Anacheillum faustum - PR-SC e RS.
 Perfumado e de fácil cultivo, aparece em grandes árvores em galhos altos, mais comum no sudoeste do PR, ocorrendo também no leste. Conhecido no passado como Encyclia e Epidendrum faustum. Epidendrum apresenta a coluna totalmente soldada ao labelo, Encyclia apenas a metade ou menos do comprimento do labelo é soldado, sendo esse fortemente trilobado. Já Anacheillium apresenta o mesmo quadro do gênero anterior, porém com  séplalas e petálas muito mais alongadas e com o labelo: não lobulado, algo acanoado e  por vezes pontiagudo.
Perfumado e de fácil cultivo, aparece em grandes árvores em galhos altos, mais comum no sudoeste do PR, ocorrendo também no leste. Conhecido no passado como Encyclia e Epidendrum faustum. Epidendrum apresenta a coluna totalmente soldada ao labelo, Encyclia apenas a metade ou menos do comprimento do labelo é soldado, sendo esse fortemente trilobado. Já Anacheillium apresenta o mesmo quadro do gênero anterior, porém com  séplalas e petálas muito mais alongadas e com o labelo: não lobulado, algo acanoado e  por vezes pontiagudo.XVI) Barbosella cognauxiana -SP-PR-SC-RS e Argentina.

A antiga B. handroi - ocorre nos planaltos paranaenses, inclusive na sua continuação paraguaio-argentina, tendo grande área de ocorrência.
Estudos recentes concluíram: a Barbosella cognauxiana é, botanicamente, igual às B. handroi e porschii, agora são como consideradas meras variedades portadoras de diferenças florais cabíveis na variação de espécie, passam a ser portanto sinônimos. São facilmente reconhecidas pela sépalas laterais soldadas e alongadas , além do porte vegetativo peculiar. Sempre houve confusão na determinação dessas espécies e agora prevaleceu o nome mais antigo e menos famoso. B. cognauxiana é facilmente identificada pela haste floral finíssima distanciando a flor única do corpo vegetativo da planta, as outras espécies do gênero são bem menores vegetativamente, apresentam hastes florais mais curtas, flores menos alongadas e mais arredondadas, mostrando-se mais discretas. Medra nas regiões mais úmidas e frescas do PR, deste a Serra do Mar e na área onde ocorrem as araucárias no interior do estado. A ocorrência não é abundante e nem contínua , porém a área de dispersão é vasta, ou foi.
 Gostam de substrato duro e seco, devem ser amarrardas em placas ou tocos de xaxim grosso, madeiras e cascas duras ou mesmo em volumosos seixos de rio ou outras pedras velhas, apreciam muita umidade continuada e ventilação para secar logo. São de fácil cultivo onde não faz muito calor e  assim podem receber mais luz, onde é muito quente a sombra e a maior umidade são necessárias. Adube com torta de mamona transformada em fino pó e espalhada pelas tranças da touceirase, assim procedendo forma-se uma linda planta com rapidez.
Gostam de substrato duro e seco, devem ser amarrardas em placas ou tocos de xaxim grosso, madeiras e cascas duras ou mesmo em volumosos seixos de rio ou outras pedras velhas, apreciam muita umidade continuada e ventilação para secar logo. São de fácil cultivo onde não faz muito calor e  assim podem receber mais luz, onde é muito quente a sombra e a maior umidade são necessárias. Adube com torta de mamona transformada em fino pó e espalhada pelas tranças da touceirase, assim procedendo forma-se uma linda planta com rapidez.XVII) Oncidium divaricatum - ES e MG até o RS e Argentina- Alliance
 No Paraná, da Serra do Mar até a Argentina, esporadicamente  em florestas de cerca 700 m de altitude, encontramos populações de um oncidium do tipo orelha-de-burro, tradicionalmente conhecido por aqui como Oncidium pulvinatum.
No Paraná, da Serra do Mar até a Argentina, esporadicamente  em florestas de cerca 700 m de altitude, encontramos populações de um oncidium do tipo orelha-de-burro, tradicionalmente conhecido por aqui como Oncidium pulvinatum. O nome é  devido ao evidente pulvínulo ( pequeno pom-pom piloso por sobre um grande calo )  apresenta no centro do labelo.
O nome é  devido ao evidente pulvínulo ( pequeno pom-pom piloso por sobre um grande calo )  apresenta no centro do labelo. Oncidium divaricatum tem grande variedade de tons e combinações  de manchas de cores marrom-amareladas
Oncidium divaricatum tem grande variedade de tons e combinações  de manchas de cores marrom-amareladas Forma  clássica e intermediária do antigo O. pulvinatum
Forma  clássica e intermediária do antigo O. pulvinatum
 Oncidium sphegiferum ES-RJ-SC-RS, apresenta labelo diferenciado com o lóbulo mediano do labelo menor e mais projetado,  é mais aparentado com o O. robustissumum de MG.
Oncidium sphegiferum ES-RJ-SC-RS, apresenta labelo diferenciado com o lóbulo mediano do labelo menor e mais projetado,  é mais aparentado com o O. robustissumum de MG.
Estudos mais recentes concluíram: duas tradicionais espécies muito próximas desse tipo de orquídea são na verdade somente variedades regionais.

Os Oncidiuns pulvinatum e divaricatum , eram espécies separadas botanicamente apenas por poucas diferenças no tamanho da projeção dos três lóbulos do labelo e pelo pulvínulo, discreto e com a calosidade um tanto bipartida em divaricatum e muito evidente e sobre uma calosidade inteira em pulvinatum. Como surgiam muitos exemplares intermediários havia muita dificuldade na determinação desses.
Assim sendo, o nome mais antigo Oncidium divaricatum prevaleceu e a denominação O. pulvinatum passou a ser sinônimo. As quatro principais espécies desse grupo repetem o mesmo quadro das Gomesas, algumas espécies são muito parecidas e por vezes não passam de formas extremas de uma população cheia de variações adaptativas e de indivíduos intermediários em função da grande área de dispersão.

























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Parabéns pelo blog, e principalmente, pelo motivo desse. A pouco eu não sabia praticamente nada sobre orchidaceae, muito menos que grande parte daqueles matinhos que vivem grudados em arvores são micro orquideas. Hoje ja tenho um conhecimento sbre as principais especieis que ocorrem no Paraná(na sua maioria Oncidiuns, Pleurothallis, Acianthera, Maxilarias, etc), considero que todas são importantes como qualquer outra especie ou genero produz flores maiorese mais vistosas. Certamente que trabalhos de identificação e exclarecimentos como os vistos aqui agregam um valor para quem os lê, contribui para a preservação e dissimina o interesse por essas maravilhosas plantas. sou membro de um Forúm, o qual ja contribuiu muito para noções de cultivo e identificação.
ResponderExcluirVilmar Vieira Da Silva
Pato Branco, Pr.
Parabéns pelo blog, adorei essa postagem, já encontrei muitas dessas espécies. Sou estudante de Biologia pela UEPG e estou fazendo um intercambio em Portugal, gosto muito de orquídeas principalmente as nativas, gostaria de saber quais os melhores livros para identificação das orquídeas nativas!!! Mais uma vez parabéns!!!!!!!!
ResponderExcluirSem comentários!!!!!!Belíssimo trabalho De encher os olhos e o coração. Sem contar a música formidável! Parabéns!1
ResponderExcluirPode me ajudar a identificar uma orquidea
ResponderExcluirEnvie-me fotos da planta e de suas flores, sem saber como são as flores fica bem mais difícil determinar a espécie, também indique a origem geográfica e outros detalhes que possam ser úteis no reconhecimento para o meu email shayva.j@hotmail.com
ExcluirParabéns pela exelente matéria,um belo material de estudos.
ResponderExcluirMe escreva se desejar tirar dúvidas ou saber mais...shayva.j@hotmail.com.
ExcluirObrigado pelo estímulo!
Parabéns pelo blog. Interessante, informações importantes sobre orquídea nativa do Paraná.
ResponderExcluirTenho plena noção da quantidade de informação útil que este blog carrega. Eu morro e ele fica ! Abraço ae
ExcluirAmei esse site! Pois encontrei várias orquídeas nos galhos nas matas mais não sabia o mome algumas consegui identificar pelo formato das folhas e flores meu email pra maiores informações edineidossantos1991@h
ResponderExcluirotmail.com
adorei com conhecer sobre as espécies de orquídeas ..
ResponderExcluirGrato pelo conteúdo.
ResponderExcluirexcelente site. Gostaria de lhe enviar foto de uma baptistonia que eu tenho e nao achei no seu site como eu faço ? ela é nativa do noroeste do Parana.
ResponderExcluirGostei muito do conteúdo e das fotos... Bem esclarecedor.
ResponderExcluirJá tinha visto seu blog anteriormente, atualmente estou tendo mais atenção por causa das Baptistonia a.
ResponderExcluirTenho uma amiga na UEM que conseguiu multiplicar a B.lietzei no laboratório, as plantas ainda precisam de repique, mas estão se desenvolvendo.
Deixo meu zap para conversarmos melhor e quando puder 4499812-8984 Daniel.
É incrível,eu amei seu trabalho!
ResponderExcluirAmei gosto muito dessas meninas formidável parabéns
ResponderExcluirTenho dúvidas de algumas espécies que encontrei em minha propriedade. Gostaria de possível ajuda para identificar.
ResponderExcluirParabéns pelo muito bom esse site.
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